Os números são alarmantes. Todos os dias, uma média de 46 bicicletas são roubadas ou furtadas no Estado de São Paulo. Ou seja, a cada meia hora, um ciclista é vítima de violência e perde sua magrela, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) revelados em levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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Entre janeiro e setembro de 2016, o órgão registrou 12.710 ocorrências do gênero, um crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior – nestes mesmos nove meses de 2015, haviam sido 11.954 casos.

O total de roubos de magrelas, entretanto, pode ser ainda maior devido à subnotificação, já que os dados levam em conta, é claro, apenas casos em que vítimas registraram Boletim de Ocorrência.

Como era de se esperar, a capital paulista concentra o maior número de casos, sendo que grande parte acontece nas regiões central e oeste, situação que o Bike é Legal já havia mostrado em no ano passado. Os bairros de Pinheiros e Itaim Bibi foram aqueles em que mais bicicletas foram roubadas ou furtadas em 2016.

Ainda no final do ano passado, a SSP anunciou medidas para tentar coibir os crimes e ajudar na recuperação de bikes por seus donos. Agora, a Polícia passou registrar o número de série das magrelas nos boletins de casos de roubos e furtos. A recomendação para quem pedala é, além da nota fiscal, ter anotado o número do quadro da bicicleta para facilitar numa possível identificação. Tirar algumas fotos da bicicleta e tê-las em arquivo também pode ser o suficiente.

Entre janeiro e outubro, policiais recuperaram cerca de 500 bicicletas no centro e em Pinheiros, só que muitas vezes essas bikes se acumulam em salas, corredores e até mesmo em celas vazias nas delegacias paulistas.

Saiba mais na matéria de Renata Falzoni:

Os crescimento dos casos de violência foi alavancado pelo aumento do número de pessoas pedalando na cidade. Entre 2014 e 2015, a quantidade de ciclistas cresceu 66%, mas quem pedala também passou a ser alvo de assaltantes até mesmo em plena luz do dia, como mostra esse flagrante feito pela bikerrepórter Renata Falzoni em um domingo na avenida Paulista: