CPTM quebra mais um paradigma paulistano
Hoje pela manhã pedalei na Ciclovia do Rio Pinheiros e tive uma outra surpresa, uma imensa placa, pendurada na passarela de acesso, avisando aos motoristas na marginal, para respeitarem os ciclistas.
Hoje pela manhã pedalei na Ciclovia do Rio Pinheiros e de cara, uma outra surpresa, uma imensa placa, pendurada na passarela de acesso, avisando aos motoristas na marginal, para respeitarem os ciclistas.
Pode não parecer grande coisa, mas essa é a primeira placa na cidade que lembra aos veículos motorizados, a presença de ciclistas nas ruas e ainda sugere respeito a eles.
Mais uma vez, é a CPTM, ao lado do governo do estado é quem reconhece a bicicleta como veículo e usa de seu poder para fomentar a nossa circulação e segurança. Enquanto isso a CET cruza os braços.
Apenas para rever os fatos, já faz algum tempo que todas as estações da CPTM e do Metrô que são reformadas ou inauguradas, já saem com um bicicletário. Faz também algum tempo que bicicletas são aceitas dentro dos Metrôs, a noite nos dias de semana, a tarde e a noite aos sábados e durante todo o período de funcionamento aos domingo.
A CPTM também permite bicicletas aos domingos. Tudo isso para sair do papel, da ordem expressa, demandou vontade política e energia para desmontar o descrédito de muitos funcionários dentro dessas empresas.
A Ciclovia da Radial Leste é outra obra da CPTM e agora recentemente a ciclovia do Rio Pinheiros que, para sair a base do forceps, teve participação decisiva da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
Claro está também a anuência e mando do Governo do Estado.
Essa energia extra de quebrar a má vontade dos céticos sobe a mobilidade dos ciclistas, ficou bem evidente no desabafo de José Serra quando ele agradeceu em público na cerimônia de inauguração, a “boa vontade” das empresas que viabilizaram a Ciclovia do Rio Pinheiros.
Uma gargalhada abafada se ouviu no palco que ecoou entre os cicloativistas de ponta. Não houve “boa vontade” e sim uma excelente articulação e imposição por parte do secretário dos Transportes Metropolitanos Sr. José Luiz Portella.
Outra quebra de paradigma foi o discurso do referido secretário. Além dele afirmar em alto e bom tom que bicicleta é veículo e não apenas brinquedo e como tal deve ser levada a sério nas decisões de transportes da cidade, ele agradeceu a luta dos cicloativistas por todos esses anos e mencionou as minhas lágrimas ao vivo na Eldorado quando eu falo emocionada estar pedalando pela Ciclovia que nos tomou 25 anos de luta!
Foi de fato um boletim muito emocionante, onde eu me dei conta de que todos esses anos de luta não foram em vão.
A Ciclovia do Rio Pinheiros representa uma quebra de paradigma.
Aguardem o próximo Aventuras com Renata Falzoni onde eu mostro essa Saga da Ciclovia do Rio Pinheiros.
Pasmem nas fotos: