Com Doria, ciclistas temem perder conquistas em SP. Pode haver retrocesso?
Em reportagem do Bike é Legal, especialistas e ativistas mostram preocupação com as intenções do novo prefeito e defendem a manutenção e melhoria das ciclovias e ciclofaixas da cidade.
Mesmo três meses antes de assumir o cargo, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), já enfrentou o primeiro protesto de ciclistas da capital paulista.
Nas primeiras entrevistas após a vitória, o tucano tem reafirmado que não vai implantar novas ciclovias na cidade, só irá manter “aquelas que funcionam” e vai aumentar a velocidade máxima permitida nas marginais dos rios Pinheiros e Tietê. Saiba mais sobre o que ele disse nos últimos dias aqui.
Apesar de não ter explicado com detalhes os critérios para definir quais ciclovias são ruins, Doria deu indicações. O prefeito eleito defendeu retirar as estruturas que, segundo ele, atrapalhem o comércio ou por onde não passem ciclistas.
As propostas, entretanto, colidem com leis municipais, federais e com o plano de Mobilidade Urbana da capital paulista, que prevê uma meta de mais de 1500km de estrutura cicloviária até 2030 – hoje a cidade conta com 461km de vias para bicicletas.
Não investir em ciclovias também contraria o Orçamento da prefeitura para 2017, que tramita na câmara e terá R$25 milhões abarcados para este fim, segundo matéria do UOL. Mudar esses investimento demandaria negociações com a equipe de transição e a gestão Fernando Haddad (PT), além dos vereadores, já que qualquer mudança no Orçamento precisa ser aprovada até dezembro.
Em reportagem do Bike é Legal, especialistas e ativistas mostram preocupação com as intenções do novo prefeito e defendem a manutenção e melhoria das ciclovias e ciclofaixas da cidade como alternativa ao transporte individual motorizado.
Assista à matéria de Renata Falzoni e Murilo Azevedo no vídeo acima e veja como foi o protesto em frente à casa de João Doria neste outro link.