Doria diz que não vai aumentar ciclovias, mas manter as que “funcionam”
Prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB) afirmou que não vai criar novas ciclovias na cidade, mas preservar “aquelas que funcionam bem”. Um dia após a eleição, o tucano já abordou o tema tão caro aos ciclistas em uma sequência de entrevistas na manhã desta segunda-feira(03).
“Vamos manter as boas, corrigir as ruins e evitar ciclovias onde não há ciclistas. Não faz sentido você gastar dinheiro público onde não há uso”, disse em entrevista à TV Globo.
Primeiro na história a ser eleito em primeiro turno na capital paulista, Doria também disse que vai conceder a manutenção das ciclovias da cidade à iniciativa privada. “Terão direito a uma publicidade discreta, sem ferir a Cidade Limpa”, declarou no programa Café com Jornal, da Band.
Hoje a cidade conta com 461,1km de malha cicloviária e Doria não chegou a explicar qual a métrica para definir quais delas “funcionam” nem se parte delas será, de fato, retirada do viário. Questionado sobre o aumento da rede, disse que “não há necessidade” de mais ciclovias.

Novo prefeito começou primeiro dia após vitória na eleição com sequência de entrevistas/Reprodução/facebook.com/joaodoriajr
Ainda no tema mobilidade, o novo prefeito prometeu aumentar as velocidades máximas permitidas na marginais Tietê e Pinheiros logo na segunda semana do mandato, em janeiro. Segundo ele, o limite voltará a ser de 90km/h nas pistas experessas, 70km/h nas centrais e 60km/h nas pistas locais. À radio Estadão, Doria definiu como “falácia” a relação entre a redução de velocidades e a queda no número de mortes no trânsito registrada em São Paulo no ultimo ano.
A medida, implementada pela gestão de Fernando Haddad (PT), é defendida por especialistas e segue tendência de outras capitais mundo afora, como Londres e Nova York.
Na maratona de entrevistas após a vitória, João Doria também tem prometido “acabar com a indústria da multa”. “A Guarda Municipal vai voltar a proteger o patrimônio público, as escolas e as unidades públicas de saúde”, diz.