Após caso de 'doping mecânico', UCI revela detector de fraudes tecnológicas
Detalhes sobre o detector de trapaças foram revelados, durante uma demonstração para a imprenssa, em um velódromo da organização na cidade de Aigle, na Suiça.
Uma tecnologia que funciona através de uma ressonância magnética, têm sido usada para detectar dopings mecânicos desde Janeiro de 2016. De acordo com a UCI (Union Cycliste Internationale), o dispositivo é capaz de “detectar qualquer tipo” de motor, ou outro artifício do gênero, que esteja escondido nas bikes durante as competições.
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Detector de fraude tecnológica sendo usado
Detalhes sobre o detector foram revelados durante uma demonstração para a imprenssa, em um velódromo da organização na cidade de Aigle, na Suiça. Mark Barfield, Administrador Técnico da UCI, explicou que o aparelho mede a resistência e a densidade de campos magnéticos, o que indica a presença de motores escondidos e rodas magnéticas. O objetivo da demonstração era enviar uma mensagem para quem pensava em utilizar desta falcatrua. O aparelho foi capaz de detectar um motor escondido dentro do quadro de uma Typhoon.
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Demonstração do detector de fraudes da UCI em uma coletiva de imprenssa
Desde que a campeã belga Femke Van den Driessche foi flagrada com um motor escondido em sua bike, a UCI têm trabalhado para mostrar que está levando a sério golpes como esse. Veja mais sobre o caso da ciclista belga no link.
“Agora nós temos um sistema que é efetivo, como visto na demonstração. Pode ser feito de modo rápido, pode ser feito em um grande número de bikes antes, durante e depois das corridas… Na primeira vez que usamos a tecnologia, nós pegamos alguém e isto é um grande desincentivo para qualquer outro.” Disse Brian Cookson, presidente da UCI.
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Demonstração do detector de fraudes da UCI em uma coletiva de imprenss
Barfield explicou que o aparelho consiste em um iPad mini, equipado com um software especial e um adaptador; ainda de acordo com ele, não foram utilizadas tecnologias como o ultrasson, o raio-x, ou mesmo medidores termais, pois tais técnicas poderiam ser burladas e poderiam significar um aumento de perigo de acidentes, já que necessitariam de motocicletas seguindo os ciclistas. Com uma simples escaneada na magrela suspeita e uma busca por mudanças na densidade do fluxo magnético, é possível descobrir as trapaças citadas.
Veja mais detalhes sobre a tecnologia neste vídeo, produzido pela agência AFP News (abaixo):