Prédio pensado para mobilidade ativa questiona a cultura do sedentarismo extremo
Nesses dias em que o entretenimento é praticamente sinônimo de mundo digital, a maioria das pessoas estão cada vez mais sedentárias, com cada vez menos atividades físicas... Será que podemos mudar?
Nesses dias em que o entretenimento é praticamente sinônimo de mundo digital, a maioria das pessoas estão cada vez mais sedentárias, com cada vez menos atividades físicas e menos diversões que não sejam virtuais.
Tudo em defesa dos: carros, computadores, celulares, facebook, whatsapp, torrent… Como se fossem ferramentas essenciais para qualquer diversão. Não fujo dessa crítica, mesmo tendo escolhido usar a bicicleta como transporte e antes disso ser um pedestre no sistema de transporte público; sempre me considerei muito sedentário.
Mas uma ideia que vi recentemente, me fez acreditar que no futuro esse sedentarismo pode não ser tão valorizado e que ainda temos chances de resgatar algumas de nossas culturas nômades.
Trata-se de um prédio projetado para “fazer as pessoas se moverem”, sem elevadores, ou escadarias escondidas nos cantos da construção, o edifício Medibank Workplace em Melbourne, na Australia, que foi projetado pelo escritório de arquitetura Hassell, ganhou um prêmio na categoria escritório do Inside Festival 2015.
Hassell’s office building for Medibank is designed to ‘get people moving’ from Dezeen on Vimeo.
O prédio que foi construído para a empresa de seguros Medibank (visto no vídeo acima), mostra diversas escadarias interligando os andares de diversas formas, além de rampas e outros acessos em que a mobilidade humana é quase mandatória.
Além de promover uma vida mais ativa fisicamente, o projeto também é inclusivo, já que garante acesso á portadores de deficiência e até para ciclistas, com rampas estrategicamente desenhadas. Além do uso característico, as escadarias e rampas, fazem do ambiente algo lúdico e bonito de se ver.
Reprodução
Uma das rampas de acesso sendo utilizada por um ciclista
Será que esta característica que quase obriga os trabalhadores a andar é válida? Será que o sedentarismo pode ser considerado como uma doença que deve ser tratada? Ou será que o nomadismo extremo também não é saudável?
Enfim acredito que em sua maioria as novas ideias, novas práticas, novas atividades, novas estéticas, novas éticas, são bem vindas para uma cultura/sociedade mais saudável. Será que prefere-se uma arquitetura mais nêutra, mais limpa, mais esteticamente plana e mais tecnológica, ou uma arquitetura mais sustentável, mais ativa e mais esteticamente diferente?