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Bike Analógica, Mundo Digital

Parte dos críticos não se conforma que seja possível usar como locomoção um veículo simples, silencioso, limpo, eficiente, dotado de uma tecnologia antiga, em pleno século XXI.

  • Daniel Ayala
  • 11 de janeiro de 2016
  • Tempo aproximado de leitura: 3 minutos

O reflexo da evolução tecnológica está mais do que nunca a nossa volta. A tecnologia vem facilitando a comunicação, “encurtando” distâncias, democratizando o ensino, acelerando projetos e desburocratizando sistemas. É possível estudar com mais afinco, trabalhar com mais solidez, resgatar contatos perdidos, ter acesso a todo tipo de cultura, pesquisar qualquer assunto com mais abrangência, entre outras ações maravilhosas. Enfim, ela muito nos ajuda.

Ilustração de Valdinei Calvento

Bike Analógica, Mundo Digital

Por outro lado, como consequência disso, percebo que a paciência de boa parte das pessoas diminuiu. Muita gente tenta o tempo todo adequar a velocidade da tecnologia à situações do dia a dia, até mesmo para coisas simples, como querer ser atendido rapidamente ao primeiro toque de campainha ou telefone. A ansiedade em receber uma resposta de forma imediata, diante de uma pergunta feita por email ou qualquer outra forma de comunicação moderna, é constante. A primeira missão do dia vem sendo responder mensagens eletrônicas armazenadas durante a madrugada, antes mesmo de lavar o rosto.

É comum flagrar alguém tentando alinhar a vida, que é movida a oxigênio e abastecida com alimento e água, com algum tipo de novo aparato ou rede social que deixou os amigos mais “próximos”.

Hoje, se você perder uma chamada telefônica será crucificado sem muitas vezes uma defesa prévia. O telefone celular, por exemplo, se tornou uma extensão do corpo. A hipnose que ele exerce sobre seus usuários é a ilustração mais perfeita do livro “1984” de George Orwell, com a diferença que os personagens atuais são zumbis.

Nesse sentido, a redução da paciência também é ainda mais notória no trânsito. Para muitos motoristas, olhar um pedestre atravessar na faixa parece um filme sem fim. Flagrá-los alguns deles dirigindo e tentando resolver tudo pelo “telemóvel” é algo corriqueiro. A buzina já não é mais usada como um som de alerta, mas sim como um grito resultante da impaciência.

Pedalar num planeta muito mais sistematizado do que humanizado é algo simples? Nada fácil, mas possível.

A bicicleta para muitas pessoas soa como retrocesso, pois é movida pelo corpo e parece não acompanhar a velocidade do mundo de hoje. Alguns modelos sofreram alterações, evoluções, como a inserção de motores elétricos, câmbios automáticos, mas a essência da bike ainda é humana!

Parte dos críticos não se conforma que seja possível usar como locomoção um veículo simples, silencioso, limpo, eficiente, dotado de uma tecnologia antiga, em pleno século XXI. A bicicleta para muitos deles é um objeto lúdico, retro, com gosto de infância e incompatível com uma realidade onde quase tudo se dá por download. Grande engano.

Andar de bike é sentir o vento no rosto, com a batida do coração, na velocidade ideal. É reparar o que há em volta, ganhando mais disposição. É otimizar o tempo, a vida, e a convivência com o meio ambiente. É sentir prazer em se locomover, é se conhecer. É ter certeza que mesmo num mundo digital, há coisas que jamais mudarão, e que serão eternamente “analógicas” e eficientes.

Enfim, atualmente, mais do que nunca, pedalar é uma verdadeira demonstração que ainda somos seres humanos, algo que muita gente já se esqueceu que é ou, até mesmo, não tem mais paciência de realmente “ser”.

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Daniel Ayala
Daniel Ayala

Ciclista, comunicólogo e advogado. Administrador do perfil "Ciclistas Pensantes", que reúne assuntos sobre bicicleta, mobilidade e cultura.

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