Um mês de bike em SP
Segunda-feira (31/08) fez exatamente um mês que adotei a bicicleta como meio de transporte para ir e voltar do trabalho (32km no total), três vezes por semana.
Segunda-feira (31/08) fez exatamente um mês que adotei a bicicleta como meio de transporte para ir e voltar do trabalho (32km no total), três vezes por semana. E, coincidentemente, ou não, foi quando consegui, pela primeira vez, subir as três ruas mais íngremes da rota sem parar. São elas: Rua Bela Cintra, Rua Dionísio Costa e rua dos Patriotas.
Reynaldo Berto
Começo a minha rota no bairro Vila Prudente e finalizado em Pinheiros. A quem possa interessar, abaixo está o saldo e aprendizados desse meu primeiro mês:
– é possível, inclusive para leigos como eu era;
– mais de 300km percorridos;
– eu me considerava uma pessoa atenta, até andar de bike e descobrir que preciso dobrar meu nível de atenção;
– precaução nunca é demais em cima de duas rodas;
– insegurança e bike não combinam de jeito nenhum. Na dúvida, empurre a magrela;
– acidentes: 1/2 (não dá para considerar pq fui pata e caí sozinha na valeta);
– motorista sem noção e sem educação, independente do veículo, existe em todo lugar: ciclista, motociclista, motorista de carro, de caminhão, de ônibus… O ser humano não é perfeito e, infelizmente, temos que conviver com isso e com o triste fato de que, em muitos casos, os corretos tbm pagam pelos incorretos. As vezes, por experiências traumáticas com um ou outro ciclista, passa-se a detestar a “classe de ciclistas”, sendo que muitos, se não a maioria, é correta e não age com intransigência no trânsito;
– os taxistas gostam menos de ciclistas do que os motoristas de ônibus;
– ainda temos um longo caminho pela frente para que motoristas e pedestres aceitem as bikes, mas acredito mais do que nunca nessa possibilidade;
– ir de bike para o trabalho é uma mistura de liberdade, prazer, dificuldade, atenção, orgulho, economia, cidadania, capacidade e saúde;
– segurança e bike ainda não caminham 100% juntas, mas acho que um dia caminharão;
– há, sim, ciclofaixas mal planejadas em lugares bizarros. E ainda sinto a falta delas em outras ruas e avenidas;
– fazer um trajeto de 1h30, sendo que 1h10 é feito em ciclofaixas e ciclovias, é muito bom;
– 3kg a menos (estou acima do peso, então era esperado;
– participar de grupos online de ciclistas, como o ‘Bicicletada SP‘ e/ou buscar dicas de quem entende, faz toda a diferença no dia a dia, principalmente em momentos de apuro;
– espero continuar vivendo essa experiência por muitos anos e, se possível, para sempre.
Sefirah De Araujo Ambrizi