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Diário das Magrelas: Pedal, Mulher e Menstruação

Sair de casa de bicicleta no período menstrual pode ser algo incômodo, mas também pode não fazer diferença alguma. Tudo depende da maneira como você lida com o sangue que sai do seu corpo.

  • Giuliana Pompeu
  • 2 de setembro de 2015
  • Tempo aproximado de leitura: 4 minutos
Itaú - Um banco feito para você‎
Itaú - Um banco feito para você‎

Pedalar ou não pedalar naqueles dias? Eis a questão.

Painel do pintor russo Georgy Kurasov / © Georgy Kurasov

Será? A verdade é que essa não deveria ser uma dúvida para tantas mulheres. Sair de casa de bicicleta no período menstrual pode ser algo incômodo, mas também pode não fazer diferença alguma. Tudo depende da maneira como você lida com o sangue que sai do seu corpo, que insisto em dizer; não tem nada de sujo e tão pouco sombrio. Nosso sangue menstrual é a prova de que estamos viva nos mais amplos sentidos e recebê-lo todo mês com maturidade é algo transformador.

Muitas ciclistas relatam que o ato de pedalar com frequência desenvolve melhor o músculo do abdômen evitando as tão indesejadas cólicas. Mas o grande empecilho para as ciclistas naqueles dias, é com certeza o absorvente tradicional. Uma invenção que já libertou muitas mulheres de toalhas e baldes vermelhos, mas que entre os lábios vaginais e o selim é um terror de desconforto. O algodão amassa, as abas desgrudam e quando você vê as coisas não estão como você esperava.

Muitas vão dizer: “ É por isso que eu só pedalo com absorvente interno!”. Está certo, o tampão está lá dentro e logo você não terá os problemas que teria com um absorvente externo. Mas existe uma série de outros problemas relacionados ao uso do popularmente conhecido OB, a começar pelo material com qual eles são feitos; extremamente desagradáveis para pele (por isso mesmo é tão difícil colocar um após o outro), além de serem um estufa para muitos tipos de bactéria, inclusive para a Staphylococcus aureus.

Palavra difícil que dá nome a bactéria responsável pela Síndrome do Choque Tóxico, um doença que pode matar e que majoritariamente se manifesta em mulheres e através da absorção do material sintético presente nos absorventes (externos e internos).

Mas o que fazer então, voltar para as toalhinhas? (Não!)

Pode parecer milagre, merchandising, mas juro que não estou recebendo nada por isso. A dica é de mais uma mulher empoderada e feliz com a descoberta do coletor menstrual. Uma tecnologia revolucionária que liberta mulheres de todo o mundo, principalmente aquelas com menos recursos. Como é o caso de muitas africanas que se ausentam da sala de aula durante todo o ciclo menstrual, ou até mesmo utilizam barro e cascas de árvores para tentar absorver o fluxo.

Coletores menstruais de diferentes marcas e cores / © Divulgação

Como funciona

O coletor menstrual nada mais é do que um copinho bem desenhado, feito de silicone cirúrgico, que pode durar até dez anos (Sim, eu disse 10 anos!!!) e que se instala entre dois músculos do canal vaginal (mais embaixo de onde fica o absorvente interno), produzindo um vácuo que coleta o sangue por até doze horas. E na hora de tirar, basta descartar o sangue no vaso sanitário (essa sim é uma cena inacreditavelmente sensível) e lavar com água e sabão neutro. No final de cada ciclo é aconselhado que se ferva um pouco d’água e deixe o coletor em banho maria por cinco minutos.

Vale acrescentar que ele pode ser usado sem pausas, inclusive durante uma noite de sono. É só fazer a higiene e recolocar.

Ecologicamente correto

Agora olhe para outro lado e imagine os benefícios não só para saúde da mulher, mas também para a do planeta. Um comparativo realizado pela empresa Miss Cup, que produziu o primeiro coletor menstrual brasileiro, mostra que o uso do mesmo evita a produção de 100 quilos de lixo ao longo da vida fértil de uma mulher.

Acessibilidade

Em um primeiro momento o preço médio entre 65 e 85 reais pode parecer exorbitante, mas toda mulher pode fazer uma conta rápida de quanto gasta com absorventes comuns (no caso, externos) todos os meses. Pensando por baixo, precisamos de ao menos duas caixinhas de absorventes diurnos e uma de noturnos (cada uma costuma ter oito tampões).

Se uma caixinha de absorventes diurnos custa em média seis reais, e a de noturnos oito reais. Todo mês são vinte reais jogados no lixo, literalmente. Juntando esses gastos, em no máximo quatro meses a pessoa compra um coletor menstrual.

Por questões de eu não estar sendo paga para isso, não vou citar as marcas que já atuam no mercado com o produto. Mas, com uma rápida busca no google você irá encontrar algumas opções.

Espero que com esse texto muitas mulheres se libertem e descubram que assim como nossa mobilidade, a maneira como lidamos com nossa menstruação pode ser questionada e tratada de forma mais ecológica e empoderadora.

Boa pedala a todas. Todos dias!

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Giuliana Pompeu
Giuliana Pompeu

Bikerrepórter do portal Bike é Legal, é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e Diretora do Documentário Ela Pedala. Tem experiência com estudos sobre uso da bicicleta nas cidades e as formas de manifestação da cultura do ciclismo, através do esporte e da ocupação dos espaços públicos. É uma ciclista urbana que busca por meio de seus textos e vídeos informar e aprender sobre as vantagens de se locomover de bicicleta. Além de uma entusiasta da mobilidade ativa, também acredita numa comunicação mais humana e libertadora.

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