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Campanha do Detran/DF produz vídeo culpabilizando vítima de atropelamento

Após ver o vídeo, e antes de ler a descrição, fica a indignação. Como pode um Departamento Estadual de Trânsito vincular uma coisa dessas? O vídeo sozinho não diz nada sobre desatenção do motorista.

  • Giuliana Pompeu
  • 18 de Maio de 2015
  • Tempo aproximado de leitura: 3 minutos

Um vídeo compartilhado em uma campanha por mais atenção no trânsito feita pelo Detran do Distrito Federal, no mínimo contradiz o objetivo da propaganda. Apesar de na descrição do vídeo postado no Youtube, as palavras serem de alerta para a desatenção dos motoristas, a produção audiovisual parece contradizer o objetivo da campanha.

Reynaldo Berto

No vídeo, um ciclista é filmado pedalando pela rua e desviando seu olhar por poucos segundos para cumprimentar uma linda mulher que corria pela calçada. De repente, um carro avança em um cruzamento sem olhar a rua de via preferencial, atropelando o ciclista. Depois da cena, a advertência: “No trânsito, alguns segundos de distração são suficientes para mudar o seu destino. Fique esperto. Seja vivo”

Após ver o vídeo, e antes de ler a descrição, fica a indignação. Como pode um Departamento Estadual de Trânsito vincular uma coisa dessas? O vídeo sozinho não diz nada sobre desatenção do motorista, pelo contrário, a produção audiovisual sozinha apenas parece culpabilizar a vitima.

Muitos gostam de se esquecer, mas segundo leis federais, os veículos motorizados devem dar preferência e zelar pela segurança dos não motorizados, bem como de pedestres. Na prática, vivemos o oposto dessa realidade. Os motoristas dos veículos motorizados quase nunca dão a preferência e a lógica vigente é de sempre os menores precisarem zelar por sua própria segurança.

Por uma questão natural, o ser humana quando ameaçado em uma situação mais vulnerável, tende sempre a se proteger. Em ruas onde motoristas com carros enormes avançam sem dó, fica difícil um pedestre reivindicar seu direito se aventurando numa travessia incerta.

Se para o pedestre sozinho a luta pelos seus direitos é uma questão de vida ou morte, cabe aos órgão públicos e a sociedade como um todo a efetivação de tais leis, que zelam por si só pela segurança dos mais vulneráveis. Por isso minha revolta com um vídeo como esse, vínculado por um órgão público de extrema relevância.

Apesar da descrição chamar a atenção dos motoristas: “No Distrito Federal, mais de 1/3 dos acidentes de trânsito são causados por distração ao volante. Motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres, todos são vítimas. Falar ao celular, mudar a estação do rádio, acender um cigarro, desembrulhar um chiclete… No trânsito, alguns segundos de distração são suficientes para mudar o seu destino. Fique esperto. Seja vivo.”, a peça publicitária principal, o vídeo, que será a mais vista pela população, deixa a desejar no quesito cidadania.

Muitos verão esse vídeo com minha mesma indignação, mas outros o assistirão culpabilizando a vitima, com as ordinárias e odiosas frases aos ciclistas, e o problema é que o vídeo os adoçarão!

E mais, há uma perspectiva a qual não tinha me atentado e em uma conversa com Renata Falzoni pudemos discutir sobre. Além de culpabilizar o ciclista, ainda terão os que falaram que a culpa é da moça bonita que tirou a atenção dos homens. É só o que falta!

Abaixo a peça publicitária divulgada pelo Detran/DF

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Giuliana Pompeu
Giuliana Pompeu

Bikerrepórter do portal Bike é Legal, é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e Diretora do Documentário Ela Pedala. Tem experiência com estudos sobre uso da bicicleta nas cidades e as formas de manifestação da cultura do ciclismo, através do esporte e da ocupação dos espaços públicos. É uma ciclista urbana que busca por meio de seus textos e vídeos informar e aprender sobre as vantagens de se locomover de bicicleta. Além de uma entusiasta da mobilidade ativa, também acredita numa comunicação mais humana e libertadora.

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