Respostas oficiais e o empurra-empurra na ciclovia do Rio Pinheiros
Essa videorreportagem sobre a Ciclovia do Rio Pinheiros foi, de longe, a matéria que mais dores de cabeça nos deu nesses últimos anos.
Essa videorreportagem sobre a Ciclovia do Rio Pinheiros foi, de longe, a matéria que mais dores de cabeça nos deu nesses últimos anos. Não pelo fato de termos pedalado 45 km debaixo de um sol tórrido, em que as temperaturas bateram recordes na cidade de São Paulo, mas pela enorme dificuldade em se obter respostas oficiais a perguntas simples por parte das devidas assessorias de imprensa.
Excetuando a CPTM, que foi a única nos atender e obter autorizações em velocidade compatível com as necessidades de quem trabalha em jornalismo diário, a EMAE, o Metrô e a Secretaria Municipal de Transportes (SMT) ficaram a dever, sendo que esta última, até o fechamento da matéria enviada à TV Gazeta, não nos respondeu.
Nossos questionamentos foram sobre a responsabilidade da segurança de cada trecho da ciclovia, futuros e atuais acessos (permanentes e provisórios) e sobre a manutenção ou não daquele trecho de ciclovia entre a Ponte João Dias e a Cidade Jardim do lado oeste (Morumbi, Pananby).
Quanto aos acessos, temos uma nova rampa sendo construída na Estação Jurubatuba, que irá substituir a passagem em nível sobre o trilho de trem, com prazo de entrega para junho de 2015. Outro acesso em construção é pelo Parque Vila Lobos, uma “novela” antiga, com mais uma data anunciada, final desse ano de 2015.
Renata Falzoni
Obras da nova rampa na estação Jurubatuba
Outro acesso, esse “feito pelo povo”, é pela Ponte João Dias. As grades que impedem o acesso externo estão derrubadas.
Quando das negociação acirradas (outubro de 2013) entre ciclistas e o Metrô, que havia decidido pela interdição da ciclovia por dois anos, sem prévia consulta com os usuários da estrutura; a solução adotada criou um acesso interno entre as margens do Rio, pela Ponte João Dias.
Os ciclistas pleitearam um acesso externo pela Ponte, e esse acesso foi negado pela CET. Em Novembro de 2014, o Secretário de Transportes anunciou uma ciclopassarela – ponte que daria acesso a ciclistas a ambas ciclovias ao longo do Rio, além de servir como ponte alternativa à João Dias.
Depois do fechamento da matéria da Gazeta, a SMT confirmou a construção da ciclopassarela ao lado da ponte João Dias para até 2016. Em relação à adequação da João Dias e as futuras pontes Itapaiúnas e Laguna, a mesma secretaria posicionou-se de forma evasiva.
Quanto à segurança temos o seguinte:
Ciclovia do Rio Pinheiros lado leste, ao longo dos trilhos fica a cargo da CPTM, que mantém um efetivo de profissionais visíveis em todos os acessos.
Ciclovia dos Trabalhadores, trecho entre a Ponte do Socorro e Projeto Pomar, seria de responsabilidade da EMAE, mas esta alega que por ser uma área externa, com acesso livre, a segurança é de responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública. Esta,, por sua vez, alega que a segurança é garantida por câmeras de vigilância.
Ciclovia Provisória, lado oeste, entre a Ponte João Dias e a Ponte Cidade Jardim, construída pelo Metrô como alternativa ao trecho interrompido devido as obras do Monotrilho: segundo a EMAE e o próprio Metrô, por ser uma área externa, a sua segurança também é de responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública.