Bike gera mais empregos na Europa do que a indústria automotiva dos EUA
Um novo estudo comprova que o ato de pedalar, além de fazer bem para o meio ambiente e para a saúde, também faz bem para a economia.
Um novo estudo comprova que o ato de pedalar, além de fazer bem para o meio ambiente e para a saúde, também pode ajudar a economia de um país. O primeiro levantamento compreensivo na indústria européia do ciclismo detalha como o uso da bicicleta gera mais de 655 mil empregos em postos como manufaturas, turismo, varejo e etc…
Divulgação
Ciclismo na Europa gera mais empregos que a indústria automobilística dos EUA
As duas rodas tem gerado mais empregos que a indústria de calçados da Europa (388 mil empregos), mais que a bem estabelecida indústria de aço (410 mil empregos); até gerando mais que as três maiores companhias automotivas dos Estados Unidos (United States’ Big Three – composta pelas empresas: Ford, General Motors e Chrysler), que combinadas geram cerca de 510 mil empregos.
Holger Haubold, um economista na Federação de Ciclistas Europeus (European Cyclists’ Federation) defende que o ciclismo permite que as cidades e países cortem a emissão de carbono sem impedir o crescimento econômico.
“Esses dados provam que os benefícios não consistem apenas na redução de congestionamentos, redução de emissão de CO2, melhoria da qualidade de ar, ou melhoras na saúde pública, mas também impulsiona o crescimento da economia e a criação de novos empregos”, diz Haubold.
Enquanto na Europa 3% das viagens são feitas de bike, nos EUA em 2009 somente 1% dos deslocamentos no país eram feitos de bicicleta. De acordo com o estudo, um dos principais fatores dessa diferença recai no sentimento de insegurança dos americanos em se locomover pedalando.
Segundo uma pesquisa norte-americana de 2012, 83% dos americanos apoiam projetos de infraestruturas para as bicicletas; mas menos de 2% dos fundos federais do transporte são gastos com esse propósito. Já na Europa, 10% do orçamento voltado aos transportes são utilizados na criação de infraestruturas para bicicletas; o que resulta em 205 bilhões de dólares (ou 542 bilhões de reais) economizados no sistema de saúde, no custo de combustíveis, na emissão de carbono, nos empregos, turismo e bicicletas vendidas.
“Além de quantificar os efeitos da criação de empregos na economia do ciclismo, o estudo também mostra que os empregos relacionados às bikes são mais estáveis geograficamente do que em outros setores” afirma Haubold.