Ponte móvel mais ciclovia marcam o início de um Parque Linear na margem esquerda do Rio Pinheiros
Segundo informações oficiais, essa estrutura formada pela ponte móvel mais a ciclovia, irá beneficiar a vida de cerca de 15 mil pessoas que trabalham e se locomovem pela região.
A Bayer, multinacional que em 2013 completou 150 anos de atividades na área de saúde, ciências agrícolas e materiais inovadores, inaugurou uma ponte móvel, para pedestres e ciclistas, sobre o Canal Guarapiranga, com o intuito de facilitar o acesso de seus 2 mil funcionários à estação Santo Amaro do Metrô e CPTM.
Trata-se da Ponte Friedrich Bayer, uma estrutura de ferro, pivotada em dois eixos, projetada pelos arquitetos Roberto Loeb e Luis Capote, em formato de Vitória Régia. Pela ponte passa a Ciclovia do Trabalhador, que hoje interliga a Ponto do Socorro ao Projeto Pomar com 2,8 km pela margem oeste do Rio Pinheiros.
Segundo informações oficiais, essa estrutura formada pela ponte móvel mais a ciclovia, irá beneficiar a vida de cerca de 15 mil pessoas que trabalham e se locomovem pela região.
A Bayer investiu R$ 5 milhões na ponte e a EMAE, com verba repassada em convênio da Secretaria de Energia, outros R$ 1,7 milhões na Ciclovia dos Trabalhadores.
Estas podem ser consideradas as pedras fundamentais do Parque Linear prometido pelo então Governador Serra quando da inauguração da Ciclovia do Rio Pinheiros, que corre pela margem leste do rio, ao longo dos trilhos da CPTM, em 2010. Na época foi prometida uma segunda ciclovia, na margem oeste, cuja licitação e obra ficaram a cargo da EMAE.
Segundo informações oficiais divulgadas em release, “O Acesso à ciclovia se dará a partir de três pontos: pela entrada ao lado da ponte do Socorro, pela estação Santo Amaro da CPTM e do Metrô e junto a Ponte João Dias.”
Os acessos anunciados estão apenas parcialmente disponíveis: No caso do acesso pela estação Santo Amaro da CPTM e do Metrô é apenas para aqueles que chegam pela margem oeste do Pinheiros. Atualmente um pedestre precisa pagar a passagem do trem e ou do metrô para cruzar a ponte estaiada, que é a plataforma do trem sobre o rio.
Um ciclista mesmo pagando esse “pedágio” só poderá usar a estrutura após as 20h30 quando as bicicletas são permitidas no Metrô, horário esse incompatível com a ciclovia que fecha às 19h30 no horário de verão e 18h30 durante o ano. Portanto a estação Santo Amaro do Metrô e CPTM embora forneça acesso às ciclovias de Rio Pinheiros (margem leste) e do Trabalhador (margem oeste) ela não integra as duas margens do rio.
Ainda facilitaria muito um simples bicicletário na estação.
Sobre o acesso pela Ponte João Dias, este não existe . Está prometido para até fevereiro de 2014, uma transposição entre as duas ciclovias, mas não um acesso externo como anunciado no release.
Para relembrar, está prevista uma ciclovia pelo lado oeste do rio, que seria uma continuação da Ciclovia do Trabalhador, entre as Pontes João Dias e Cidade Jardim. Isso faz parte da solução equacionada entre cicloativistas e o os responsáveis pela obra do Monotrilho, como alternativa para a não interdição da ciclovia ao longo do trilho da CPTM.
Haverá sim um acesso transposição entre as duas ciclovias na Ponte João Dias, mas essa transposição não terá um acesso externo como foi pleiteado em várias reuniões com os responsáveis pelas obras do Monotrilho.
Perguntamos ao Governador sobre acessos entre as ciclovias e este nos anunciou em coletiva que em um “futuro próximo” a estrutura dos canos da SABESP que fica próxima a Ponte do Socorro será adaptada para a transposição dos ciclistas.
Pedalamos pela Ciclovia do Trabalhador. É linda. São 2,8 km entre a Ponte do Socorro e o projeto Pomar. Apenas 300 metros depois do Projeto Pomar está a Ponte João Dias.
Ainda que as obras não tenham começado, até fevereiro de 2014 deveria estar funcionando a ciclovia entre a Ponte João Dias e a Ponte Cidade Jardim, pelo lado oeste do Rio, uma continuação da Ciclovia do Trabalhador. Portanto em pouquíssimo tempo teremos o parque linear com ciclovia ao longo do Rio Pinheiros.