Entrevista com Kat Sweet – parte 02
Estive com a Kat por intermédio da SRAM e uma coisa me chamou muito a atenção: Em sua técnica de ensino, ela roubou a atenção de todas as meninas quando falou que pular era como um arco-íris.
5. UMA DOCE METODOLOGIA
Em agosto de 2013, estive com a Kat por intermédio da SRAM e uma coisa me chamou muito a atenção: Em sua técnica de ensino, ela roubou a atenção de todas as meninas quando falou que pular era como um arco-íris. Esse toque romântico e feminino tirou risada de todas, e então Kat conseguiu conquistar o respeito e atenção do grupo. Resultado? Todas conseguiram fazer a manobra. Seus pequenos alunos a apelidaram carinhosamente de “Mãe das Trilhas”.
“Para ter sucesso em qualquer coisa você tem que estar aberto a aprender, crescer e também a errar. Eu estou sempre me esforçando para aprender, seja em cursos, seminários, inclusive com as pessoas que eu convivo.”
P.C.P. technique (“Positive, Constructive, Positive”): Você balanceia a sua crítica entre dois pólos com o objetivo de amenizá-la. Imagine. Se você disser a uma mulher, isso está errado, faça desse outro jeito, ela com certeza vai fechar a cara e não vai querer fazer o que você diz. Mas se o discurso for: você fez esta parte certa, tente fazer melhor, e continue com este bom trabalho, esta mulher vai realmente te ouvir e te impressionar na próxima tentativa.
Descoberta Guiada: Essa, Kat aprendeu na universidade e gosta muito de aplicar. O objetivo é estimular o próprio estudante a desenvolver uma linha de raciocínio de forma interativa: “Não há nada pior para mim do que alguém que venha empurrar goela abaixo algo que devo fazer. Gosto de perguntar aos meus alunos para induzí-los às respostas, assim eles interpretam da sua maneira o que estou fazendo.
6. TRABALHANDO COM CRIANÇAS
Trabalhar com crianças é um constante equilíbro entre diversão e desafio. É como Kat encara o movimento. “Se você fica falando demais, os olhos deles já começando a virar até que param de te ouvir (eu mesma sou assim adulta). Você tem que manter o discurso curto e suave. Com crianças bem pequenas você deve infantilizar o seu vocabulário de maneira que ele fique divertido.
A equipe do Sweetlines acabou adotando algumas gírias para lidar com este grupo tão especial. Vocabulário robusto como equilíbrio lateral foi transformado em “salmão sacudido” O uso de objetos infantis também torna a aula mais divertida: “Nós também usamos aqueles frangos de borracha para criar obstáculos”, diz Kat.
7. O SUGAR SHOWDOWN
Sugar Showdown é um evento de dois dias que Kat organizou para o público feminino. O objetivo é atender praticantes de mountainbike que já possuem habilidades com a bicicleta, mas queiram desenvolver técnicas de dirt, como wall rides, no hands, e outras.
No primeiro dia, Kat monta uma clínica e no dia seguinte ocorre um campeonato apenas para diversão, num ambiente divertido e estimulante. “Com este programa já tenho quatro agendas para este ano: Portland, Oregon, Santa Cruz e o nosso evento master em Seattle. Estou trabalhando para que aconteça mais um em Queenstown e tenho muita certeza que o Brasil também precisa de um!”, fala a ciclista.
“How about a Sugar Showdown Brazil? With our Sugar Showdown and ridestyle events, we’re mentoring some of the riders who compete to become coaches, too.”
8. IF SHE CAN DO ITEm conjunto com Mark Brent Kat desenvolveu um vídeo que rolou o mundo inteiro, o If She Can Do It. O sucesso foi imenso que ela recebe até hoje, não só mensagens de mulheres mas também de homens que se inspiraram no trabalho desenvolvido. Os recados chegam do mundo Inteiro: Colômbia, Trinidad, Austrália e Indonésia são alguns exemplos.
“Esses homens tem esposas, filhas, irmãs, namoradas e ficam deslumbrados em o quando o mountaibike pode ter uma influencia positiva na vida delas.”
Kat gosta muito de música. “Eu toparia super ser uma Rock Star!” Seattle, onde hoje ela mora, é o berço do grunge, sendo a casa de Nirvana, Alice in Chains, Pearl Jam, Soundgarden, e um pouco antes de tudo isso, do Jimmy Hendrix. Dançar é outra grande paixão de Kat, quem sabe um go-go dancing, diz ela!
9. AO INFINITO E ALÉM!
Destacamos neste artigo o crescimento do número de meninas andando de MTB em todo o mundo. Estima-se um crescimento no Mercado de MTB (em geral) de 35% a 50%, e as mulheres não podem estar fora desta estatística. É interessante observar que o crescimento não está somente no ciclismo de montanha tradicional, mas também no freeride e no Downhill.
A atleta destaca a importância da internet nesse desenvolvimento: “Com vídeos disponibilizados online e canais como estes, somos capazes de alcançar uma audiência global e montar eventos como o Sugar Showdown.”
AGRADECIMENTOS
Kat pode ser DEMAIS, mas contou com a ajuda de alguns queridos para fazer tudo isto rodar, aqui alguns deles: Meg Valliant, Fredrika Sprengle, Tracy Curley, and Karen Johanson and Karen O’Connell, Diamondback Bikes, Sombrio Cartel, Deity Components, Meg Valliant, Fredrika Sprengle, Tracy Curley, Karen Johanson, Karen O’Connell, Mike Brewaldt, Jacob Carmichael, Mason Prendergast, Katie Heinsen, Kaytlin Melvin and her familye os seus alunos e claro.
Para mais informações: www.sweetlines.com