Manual para mudar uma cidade
Nova Iorque é uma cidade mundial, onde muitas e boas cabeças se unem e produzem. Uma cidade onde a maior parte da população da sua mais famosa ilha não tem carro, conta com um grande sistema de metrô.
Nova Iorque é uma cidade mundial, lugar de onde irradiam idéias e conceitos novos, onde muitas e boas cabeças se unem e produzem. Uma cidade onde a maior parte da população da sua mais famosa ilha não tem carro, conta com um grande sistema de metrô, mas que ainda assim sofre também com enormes congestionamentos.
![](http://54.172.84.0/wp-content/uploads/2016/07/2014_08_01_622_037dcb92-d924-38b0-8e21-5ecb5ba23e71.jpg)
Esteve em São Paulo a secretária municipal de Transportes novaiorquina, Janette Sadik-Khan, que está à frente da revolução na mobilidade humana que tem acontecido em Nova Iorque nos últimos anos.
Mas de tudo que ela falou, algo chamou a atenção e deu a dimensão da necessidade de transformação. Sadik-Khan mencionou a demanda das escolas por mais segurança para seus alunos.
Muitas áreas escolares no Brasil tem sinalização específica, aquelas letras grandes pintadas no asfalto que dizem “DEVAGAR” e uns metros à frente complementa “ESCOLA” e por fim pode ou não existir uma faixa de pedestres.
Em qualquer lugar do mundo placa é um dispositivo educativo de capacidade no mínimo limitada. Em geral trata-se simplesmente de uma recomendação fartamente ignorada.
No Brasil a recomendação das placas são peças de ficção, já que quem as respeita (principalmente no que diz respeito ao limite de velocidade) ou é otário, ou mané.
Cenário tão pessimista, deixa pouco caminho para melhorias. Mas é preciso fazer entender aos zelosos pais a importância das escolas e da relação delas com seu entorno e com a comunidade.
Placas e pinturas no asfalto em praticamente nada contribuem para a segurança de crianças e jovens. Já a alternativa de complexos sistemas de segurança com agentes de trânsito, à serviço da prefeitura ou pagos por colégios particulares, passa longe também de ser razoável.
Resta apenas um cenário onde as escolas passem a fazer parte do entorno, onde as ruas ao redor sejam convidativas as pessoas e o fluxo motorizado seja domado.
A fluidez motorizada é em geral lenta por conta dos congestionamentos, garantir que ela seja pouco convidativa aos excessos de velocidade, em especial ao redor das escolas, é garantir que os motores que transportam gente, possam fluir a uma velocidade compatível com a vida.