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Idoso de bicicleta morre em colisão com caminhão

Em nenhum momento Nadyenka Castro sequer cogita que a vítima tenha sido atropelada. Fica entendido que Luiz Pereira da Silva de 70 anos de idade, bateu no caminhão e não o contrário.

  • Renata Falzoni
  • 9 de setembro de 2009
  • Tempo aproximado de leitura: 4 minutos

Siga-me no twitter “rfalzoni” e fique por dentro dos tópicos desses comentários em primeira mão.

Deu no site do Campo Grande News a matéria com o seguinte título:

“Idoso de bicicleta morre em colisão com caminhão”

No texto, que você pode ler aqui, diz que o ciclista colidiu na lateral de um caminhão, caiu no chão, teve um ferimento no braço e morreu ao dar entada no hospital.

Só pode ser piada, em nenhum momento Nadyenka Castro que assina a materia, sequer cogita que a vítima tenha sido atropelada. Fica entendido que Luiz Pereira da Silva de 70 anos de idade, tenha saido de casa em sua bicicleta e ao ser ultrapassado por um caminhão, “virou e bateu na lateral do caminhão” segundo o condutor do caminhão Francisco Mariz de Medeiros.

Assim são as versões unilaterais dos fatos. No caso dessa matéria apenas o motorista tem a chance de declarar que o ciclista atropelou o caminhão e veio com isso a falecer. A versão do ciclista, congela na gaveta do necrotério.

Todos os dias 4 pedestres morrem nas ruas de São Paulo, um ciclista também falece a cada 4 dias e pelas versões oficiais, as vítimas foram imprudentes e a conclusão é que “suicidaram-se” nas ruas, avenidas, pontes e muitas vezes nas próprias faixas de pedestres ou calçadas.

Os pedestres e ciclistas são os culpados por ousarem cruzar as rotas de carros, já que as faixas de pedestres inexistem nas direitas livres, nas alças de acesso a pontes e avenidas ou mesmo em pontos cruciais de grande movimento na cidade. E quando existem são mera sugestão, pois está provado que a esmagadora maioria dos motoristas desta cidade não respeita os pedestres nas faixas a eles destinados e a CET não autua o infrator.

Tem mais, o motorista que tentar respeitar o pedestre na faixa, possivelmente irá sofrer colisão traseira, diminuirá a fluidez dos veículos motorizados e isso há que ser evitado pelas orientações da CET.

A mobilidade e a segurança dos humanos a pé ou em veículos sem motor são negados de forma escandalosa e a imprensa não consegue quebrar o paradígma e ver com outros olhos as notícias oficiais ditadas pelos órgãos reguladores de trânsito e replica os dados sem questionar.

“Foi atropelado, mas… o que um pedestre ou um ciclista estava fazendo ali?” Ninguém pergunta qual o acesso dos humanos desprovidos de motor aos seus destinos.

A pergunta a se fazer é:

Onde estão as rotas de pedestres e ciclistas em nossas cidades? As rotas dos veículos motorizados está aí, congestionada, poluída, barulhenta, suja e bem sinalizada e a dos pedestres e ciclistas? Por onde devemos circular nessas cidades? Como circular por entre as vias de automóveis?

Até quando as pessoas vão aceitar que todo o traçado urbano e também a área urbana e os investimentos em estrutura, são de preferência de veículos motorizados?

Para garantir a fluidez de carros; pedestres e ciclistas entre eles crianças, idosos, trabalhadores são os algozes do cáos e apontados como os principais responsáveis – de acordo com as versões oficiais – do congestionamento.

Novamente cito o Chico: “Morreu na contra mão atrapalhando o tráfego”.

Enquanto isso, em Santos no ano de 2004, 58% das mortes no trânsito com bicicletas foi abalroamento, ou seja colisão pelas costas sendo que ônibus e caminhões foram os principais atropeladores (82%).

Nas estastísticas internacionais, abalroamento, atropelamento pelas costas, representa menos de 1 % das fatalidades de ciclistas. Cruzamentos são os locais de maior número de vítimas fatais em todo o mundo, menos em Santos e porque?

Simples: É a arrogância dos motoristas impunes, que não suportam uma bicicleta a sua frente. Já pedalei muito nessa cidade e comprovo o que digo. Motoristas de caminhões e ônibus são os campeões de atrairem ciclistas “suicidas” para debaixo de suas rodas segundo a voz oficial dos órgãos que regulam o trânsito da cidade.

Não está na hora de examinarmos com mais imparcialidade essas notícias? Cabe também aos jornalistas questionarem esses dados e não apenas replicar as versões unilaterais oficiais, até porque as vítimas “suicidas“ não têm palavras a proferir em sua defesa.

Para finalizar, estamos na véspera do 22 de setembro o Dia Mundial Sem Carro e várias manifestações acontecerão em muitas cidades do Brasil.

Veja no  site www.bicicletada.org e busque o evento mais perto de você.

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Renata Falzoni
Renata Falzoni

Arquiteta, jornalista, bike e videorreporter, pedala desde 1976 como meio de transporte, fundou o Night Biker's Club do Brasil em 1989, já pedalou sua bike por 28 países produzindo o programa de TV "Aventuras com Renata Falzoni" e é idealizadora do portal Bike é Legal.

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