No Dia de Bike ao Trabalho, Ciclovida realiza contagem de ciclistas em Fortaleza (CE)
Na última sexta-feira (10), foi o Dia de Bike ao Trabalho, uma campanha de incentivo à mobilidade em bicicleta realizada mundialmente. No Brasil, a #DBaT, como também é conhecida, está em sua sexta edição.
Em Fortaleza (CE), não aconteceu qualquer ação coletiva, seja por iniciativa pública ou privada, embora a Prefeitura tenha deixado o passe do sistema Bicicletar gratuito durante 24h.
Para não deixar passar despercebido o dia, a Ciclovida propôs uma ação, de última hora: contagem de ciclistas na ciclovia da avenida Aguanambi esquina com a rua Mestre Rosa.

Ciclista na ciclovia da Av. Aguanambi / © Ciclovida (Associação dos Ciclistas Urbanos de Fortaleza)
A história do Poste: desde que foi inaugurada a obra da avenida Aguanambi, com faixas de ônibus, faixas comuns, calçadas e ciclovia, o trecho vem chamando atenção da capital cearense. A razão é que os responsáveis pela obra esqueceram um poste bem no meio da ciclovia recém inaugurada. Anterior à obra, o poste continua atrapalhando a vida das centenas de ciclistas que passam diariamente no trecho. Para dar luz ao problema, a Ciclovida está com uma série de posts (ou postes!) sobre o assunto. Veja aqui os stories sobre a história do Sr. Poste, como tem sido chamado.
Abaixo, alguns dados e informações apurados pela Associação dos Ciclistas Urbanos de Fortaleza na contagem da “ciclovia do Poste”:
– Foram contados 110 ciclistas em 2h (das 16h30 às 18h30), o que dá uma média de 0,9 ciclistas/min. Importante ressaltar que foram contados ciclistas de apenas um lado da avenida, porque, do ponto onde estávamos, era difícil enxergar do outro lado (contamos exatamente onde está o poste).
– Nos períodos com mais ciclistas – de 18h01 às 18h15, e 18h15 às 18h30 – tivemos 19 ciclistas em 15 min, chegando a média de 1,3 ciclistas/min.
– Apenas 4,5% do total eram mulheres. E todas passaram até as 17h30, não se sabe se por não quererem andar por ali depois que escurece ou por terem horários e obrigações diferentes dos homens que trafegaram ali. Como todas passaram mais cedo, nos primeiros 15 min – 16h30 às 16h45 – o total de mulheres, nesse intervalo, foi de 16,7%.
– 14,5% dos ciclistas passaram por fora da ciclovia. Como estes geralmente pedalavam rápido, é possível que seja por causa dos diversos obstáculos na ciclovia e conflitos com pedestres. Além dos obstáculos, como o poste e a entrada e saída de veículos, é preciso ressaltar que vários ciclistas optam por não dar a volta na praça (onde está traçada a ciclovia) e seguem direto na avenida.
– Chamou atenção a falta de respeito dos motoristas que entravam e, especialmente, saiam da rua Mestre Rosa (sentido Aguanambi) com os ciclistas que trafegavam na ciclovia.
– Nenhum ciclista com traje esportivo, o que pode demonstrar que ali não é um trajeto bom pra esporte/lazer.
– Das 110 bicicletas, apenas 2 compartilhadas, 3 cargueiras, e 1 ciclista com bolsa de entregador de aplicativos.
Abaixo alguns links pra quem quiser acessar mais dados:
Planilha desta contagem: bit.ly/contagem-poste
Planilha com dados de todas as contagens: http://bit.do/contagem
Pasta no Drive com todas as planilhas: http://bit.do/pasta-contagens
As contagens anteriores a essa tinham sido há um ano, no Dia de Bike ao Trabalho de 2018. As contagens de ciclistas são fundamentais para se monitorar a quantidade de ciclistas em vários trechos da cidade, bem como para caracterizá-los minimamente.