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Cadê as brasileiras? Seleção de BMX Freestyle vai ao Japão sem nenhuma representante feminina

Diogo Canina escolhe não levar representante feminina em primeiro evento internacional de BMX Freestyle valendo pontos no ranking da UCI.

  • Giuliana Pompeu
  • 8 de abril de 2018
  • Tempo aproximado de leitura: 12 minutos

No ano passado foi anunciada a entrada do BMX Freestyle nos Jogos Olímpicos; uma nova fase para os atletas da modalidade se inicia e a possibilidade de uma maior profissionalização no esporte é apenas um dos horizontes que se desnublam quando olhamos para os próximos anos.

Da esquerda para a direita, os atletas Leandro Overall, Cauan Madona e Andre de Souza. De camiseta branca, o técnico Diogo Canina/ © Divulgação

Predominantemente masculino, a proporção de homens praticantes do BMX é bastante superior ao número de mulheres que sobem em cima das bikinhas aro 20, mas elas existem e estão aí para mostrar que BMX também é coisa de menina. Há alguns anos, a cena feminina na modalidade vem se tornando cada vez mais expressiva, sobre tudo em países como EUA e Rússia, e esse cenário de evolução está diretamente ligada a credibilidade dada ao rolê dessas mulheres. O incentivo público nas atletas femininas e o apoio privado de marcas e lojistas é crucial para possibilitar que elas também tenham uma carreira consolidada no esporte.

A representatividade de ter uma mulher competindo pelo seu país em uma competição mundial é muito mais ampla do que podemos imaginar; influencia gerações que ainda estão escolhendo a bicicleta que querem de Natal. O BMX Freestyle brasileiro ainda tem muito para evoluir e competir de igual para igual com atletas de nações que investem no esporte para além do futebol, sejam esses atleta mulheres ou homens. O atleta brasileiro melhor colocado na classificatória do Fise em Hiroshima foi Andre de Souza, que ficou na 21o colocação na classificação geral.

Representantes femininas de diferentes nacionalidades presentes no Fise, em Hiroshima. Veja o perfil de cada uma no @ridebmxlikeagirl 

Com o anúncio da entrada da modalidade nas Olimpíadas, a comunidade do BMX vem tentando se organizar para construir um ambiente democrático com decisões que se referem desde a escolha dos atletas que irão vestir a camisa da seleção, até a maneira como as verbas públicas devem ser investidas no esporte. Nesse sentido, em março de 2018, uma reunião foi realizada em um espaço cedido pela Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo e alguns acordos foram estabelecidos com os representantes do esporte junto à Confederação Brasileira de Ciclismo. Um deles era o investimento igualitário nas categorias femininas e masculinas, promovendo a representatividade no esporte e construindo um cenário democrático e de acordo com os preceitos do século XXI.

Procurado pela reportagem, o Técnico e Coordenador da modalidade junto à CBC, Diogo Canina justificou sua escolha com base no desempenho da atleta Eduarda Penso na UCI BMX Freestyle World Championship, que aconteceu na China em novembro de 2017. “A Eduarda Penso é nossa melhor atleta feminina para representar o Brasil e por isso não estamos trabalhando com uma representante feminina na categoria elite, estamos trabalhando diretamente com a Duda, pois esse é o último ano dela como júnior e já está classificada para os Jogos da Juventude em Buenos Aires, em outubro. Em 2019, ela passa a ser Elite e eu, nesse momento, acredito mais em um investimento no seu treinamento antes de colocá-la para competir em um evento com um nível que ela não está preparada tecnicamente e psicologicamente”, comentou Canina.

Eduarda Penso na cerimônia de premiação do Prêmio Brasil Olímpico/ © Reprodução @dudapenso

Na ocasião, Eduarda Penso conquistou o 4º lugar na categoria juvenil e 15º entre a Elite, o que lhe rendeu premiação no Prêmio Brasil Olímpico em março deste ano. Duda é natural de Francisco Beltrão, cidade no interior do Paraná, e como muitos praticantes da modalidade sofre com a falta de estrutura para treinar seu esporte e evoluir sua técnica. Segundo Diogo Canina, seu nome está cotado para um projeto junto à CBC para proporcionar a ela, e aos outros atletas, um calendário de provas e de treinos que inclui viagens internacionais à centros de esportes de elite.

Procurada pela reportagem, Eduarda Penso preferiu não comentar a respeito.

A reportagem procurou Flavia Santos, que segundo Diogo Canina é a conselheira junto à CBC no que tange assuntos da categoria feminina. Para Flavia: “a ausência de uma brasileira não ajudou o Brasil em uma possível classificação para as Olimpíadas.”

“Eu também cheguei a conversar com a atleta Debora Oliveira sobre a possibilidade dela integrar o time brasileiro no Fise em Hiroshima, mas ela não poderia devido a sua agenda no trabalho”, completou Flavia.

Flavia Santos também é atleta da modalidade/ © Reprodução @flaviabmx

Debinha, como é conhecida no meio do esporte, comentou que a notícia surpreendeu a ela e aos seus familiares, que sempre reclamam da sua rotina de treinos: “Eu sempre andei por hobby, por amar andar de bike, mas quando recebi a proposta senti o gosto bom de poder representar meu país e todos da minha família me apoiaram. Infelizmente, minha colega estaria de licença na mesma data e não teria como eu ir”, explicou a atleta.

Presente na reunião de acordos ocorrida em março desse ano, Debora falou à reportagem que, para além do convite, efetivamente não tem estado por dentro das decisões da seleção brasileira de BMX Freestyle, criticando a falta de informações oficiais quanto aos rumos do esporte agora nas Olimpíadas e de ações que envolvam diretamente os praticantes do BMX Freestyle como um todo, como a construção de pistas e a promoção de eventos nacionais. “Eu fiquei surpresa de não ver nenhuma mulher quando começaram a postar a foto da seleção embarcando para Hiroshima. Me perguntei o porquê de não haver nenhuma mulher se era isso o esperado.”, completou Debinha.

Debora Oliveira mandando um ex-up / © Reprodução @debinha_deby

Para Natália Margini, atleta na categoria elite com registro na Confederação Brasileira de Ciclismo, representar o Brasil em um evento internacional é um sonho. “Venho me preparando e buscando patrocínio para treinar aqui e fora do brasil, pois sei que para andar o Fise requer muito dos nossos treinos e sem patrocínio da iniciativa privada e governamental fica mais complicado a ida para Woodward que é um centro de treinamento que atende atletas de BMX nos EUA”, comentou a atleta de 27 anos.

Natália Margini é natural de Pato Branco no Paraná /© Reprodução @nataliamargini

Quanto a importância de uma mulher ter integrado a seleção que agora está em Hiroshima, Natália disse: “A presença feminina pode ser um grande incentivo. E essa presença pode se dar de diferentes formas. O incentivo pode vir, primeiramente do cenário do próprio BMX nacional, como força para o esporte, com mulheres representadas em lojas, distribuidoras e marcas nacionais. A partir dessa visão modificada, de que esse esporte não é somente masculino, por parte dos próprios fabricantes,  será o início de uma grande revolução no meio e após isso poderemos conquistar muito espaço entre patrocinadores e nos próprios campeonatos nacionais e internacionais”.

 

 

O Bike é Legal deixa aqui uma lista com os perfis de mulheres que estão movimentando a cena do BMX no Brasil e o porquê elas andam de bike. Deixe nos comentários as bmxers que estão faltando nessa lista!

@crokinha_bmx mandando one no hander/ © Reprodução

Marcele Marins Sanches – Crokinha
11 anos
Taubaté-SP
“Comecei a andar pois fui assistir uma etapa do BSS Tour, em Taubaté, em 2015. Me apaixonei. Logo em seguida meu pai comprou uma bike para ele e eu comecei a andar junto com ele, pois ele me ensinou a andar, então os amigos do meu pai: o Tio Renato Paiva e o Tio Kyko Araújo se juntaram com meu pai e montaram um bike para mim. Observando o meu esforço, meus pais compraram uma bike nova e desde então treino todos os dias.”

@beatriz_bmxx no Pump Track do Drac/ © Reprosução

Beatriz Gomes dos Santos
14 anos
São Paulo
“Bom, comecei a andar pelo meu pai, depois disso eu peguei muita influência de várias pessoas do Pump Track, via as meninas andando eu ficava abismada com as manobras que elas faziam e ano passado montei minha bike. Estou aprendendo, agora e eu sei que vale a pena. Meus pais me incentivam muito, gosto do BMX porque nele eu sei que não vou desistir fácil, eu conheci pessoas, novas amizades, pistas novas, meu fetiche é a minha BMX e eu não largarei ela por nada, minha bike traz o que há de bom em mim e dissolve maus pensamentos. Ficam longe de mim as preocupações do dia. Depois que comecei a andar, eu me sinto outra pessoa. Espero que um dia os outros tenham a oportunidade de entender que “o esporte BMX” não seja em vão que eles curtam o máximo. Eu ando porque eu gosto, me sinto melhor. A cada queda que eu levo é um aprendizado, e eu espero que não só eu como outras meninas se sintam assim e pratiquem o mesmo esporte e não desistam porque com força de vontade e muito força a gente consegue.”

@gabicristinabmx em uma tentativa de no hander/ © Reprodução

Gabriela Cristina – Gabi
15 anos
Taubaté -SP
“Comecei a andar de BMX por causa do meu cunhado, sempre via ele andando e achava muito louco. Sempre tentei ver qual esporte me encaixava e me encontrei no BMX. Sou apaixonada por bikes desde bem novinha, e quando descobri esse esporte fiquei sempre por dentro! Sempre via competições, mas nunca comprei a bike, e fui guardando dinheiro um bom tempo, até que consegui e a partir daí me apaixonei e não quero mais parar!”

@yasmim_bmx mandando um aéreo/ © Reprodução

Yasmim Fernada Lara
17 anos
Betim-MG
“Bom, conheci o esporte atravéz do meu namorado, e depois de muito incentivo dele eu acabei me interessando pelo BMX, ele me ajudou a conseguir uma bike e desde então nunca mais parei, rsrs. Hoje em dia me sinto realizada por praticar um esporte que amo.”

@veve.bmx mandando um no hander fly out / © Reprodução

Verônica Tainara Pereira Feitosa – Vevê
20 anos
Diamantina (MT)
“Porque ando de Bmx: Bmx foi amor à primeira vista, eu andava de skate e vi a galera da bike na pista e me apaixonei. BMX me proporciona muito mais que rolê com a galera, eu fiz amizades distantes, conheci lugares que nunca pensei em ir. Esse amor já existe há 4 anos na minha vida e não me vejo sem a bike em nem um instante, BMX mudou e continua mudando minha vida cada dia mais.”

@ruthjorge_ fazendo um carving/ © Reprodução

Ruth Jorge de Oliveira – Coruja
21 anos
São Paulo
“Ando de BMX por amor, nada mais me proporcionou a força que a Bmx me faz sentir por dentro! Me sinto completa quando estou treinando, a Bmx já me ajudou a sair de períodos de depressão profunda mais de uma vez. E é um esporte diferente, mais exclusivo, então desde sempre foi algo que me impactou e instigou. Não teve como não praticar ou me envolver!”

@sennylemos / © Reprodução

Senny Lemos
25 anos
Porto Velho, Ro.
“Por que você anda de bike? Porque encontro liberdade nesse esporte. Gosto de adrenalina. E não consigo fazer outra coisa além disso. Vai fazer três anos que ando de bike, antes eu não tinha sonhos, o BMX me fez sonhar, e hoje um dos meus sonhos é entrar pra seleção brasileira de BMX Freestyle.”

@mikeilapelayes mandando um tobogã fly out/ © Reprodução

Flavia Pelayes – Mika
26 cidade
Buenos Aires, Argentina. Está se naturalizando brasileira.
“Eu comecei andar por conta dos meu irmãos. Eles me levaram à tudo isso e sou muito grata a eles por me apresentarem esse mundo. Gosto de andar de bike porque a bike me deu muita liberdade;  liberdade de conhecer cidades e países de um jeito diferente. Liberdade de conhecer pessoas que em um role já viraram amizades pela conexão que a bike transmite (e bom me apresentou o amor também né kkk). Liberdade de me auto desafiar e sentir essa sensação boa na hora de cumprir o desafio que me proponho. Eu sou bem tímida, mas quando estou com a bike, me sinto a vontade sabe.”

@jacquezagobmx em um foot jam/ © Reprodução

Jacqueline Zago Cornassine
27 anos
São Caetano do Sul
“Porque eu ando de BMX? Conheci o esporte e me apaixonei por ele. Ia bastante em skateparks para ficar olhando a galera fazer as manobras e por conta disso conheci bastante gente. Decidi comprar uma bike e hoje não me imagino sem ela. Graças ao BMX eu fiz grandes amizades, minha saúde melhorou e me identifiquei com o estilo de vida; me faz bem. O BMX também te leva a lugares que você talvez nunca imaginaria em estar. Andar de BMX para mim é isso: fazer grandes amizades e poder fazer o que você ama e se dedicar a isso.”

@maynayanne fluindo/ © Reprodução

Mayara Nayanne Cardoso de Oliveira
28 anos
Goiânia
“Conheci o BMX e me apaixonei de cara, ai logo fui juntando uma grana pra poder comprar uma bike, comecei a conhecer várias e várias pessoas que me ajudaram no rolê. Uns dois anos atrás sofri uma queda num rolê em Brasília, que tive o ligamento do joelho rompido e fiquei um tempo sem andar, mas depois da recuperação voltei com tudo! rsrs. Andar de Bmx é um ciclo vicioso que envolve muito amor pelo esporte, pela bike e pelas pessoas que cativamos.”

@derlaynebmx mandando um table top/ © Reprodução

Derlayne Dias Roque
29 anos
Brasilia
“Sou fã de esportes, principalmente radicais, e dentre os que tive contato, o BMX foi o que mais me impressionou, pelo nível de dificuldade, desafios e adrenalina. Hoje digo sem dúvidas que eu não poderia ter encontrado um esporte mais adequado para praticar.
O que me motiva é poder sempre evoluir como atleta e como pessoa. Existe um paralelo viciante entre minha vivência no BMX e minha “vida normal”; tiro muitas lições de persistência, superação e conquista.”
Abaixo, você confere nossa vídeorreportagem com a atleta Eduarda Penso e Flavia Santos no Centro de Esportes Radicais José Wilton “Drac”:

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Giuliana Pompeu
Giuliana Pompeu

Bikerrepórter do portal Bike é Legal, é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e Diretora do Documentário Ela Pedala. Tem experiência com estudos sobre uso da bicicleta nas cidades e as formas de manifestação da cultura do ciclismo, através do esporte e da ocupação dos espaços públicos. É uma ciclista urbana que busca por meio de seus textos e vídeos informar e aprender sobre as vantagens de se locomover de bicicleta. Além de uma entusiasta da mobilidade ativa, também acredita numa comunicação mais humana e libertadora.

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