Em pesquisa, paulistanos pedem por infraestrutura para usarem a bike como meio de transporte
Pesquisa aponta que a adoção do transporte ativo seria feita se houvessem condições melhores para isso.
A Associação Nacional de Transportes Públicos realizou uma pesquisa com o objetivo de identificar, medir e avaliar os modos utilizados pela população da cidade de São Paulo nos seus deslocamentos diários, cujos resultados apontam que ônibus e a pé são os meios mais populares, somando cerca de 75% do total dos deslocamentos.
A conclusão também aponta que mais de um terço dos entrevistados estariam dispostos a utilizar a bike como meio de transporte, porém há fortes ressalvas sobre as condições necessárias para isso ocorrer. De acordo com eles, falta respaldo ao ciclista, tanto na forma de respeito como na questão da legislação. Também faltam ciclovias e uma infraestrutura favorável para o uso, como bicicletários e vestiários.
Entre os entrevistados, mais da metade se locomoveriam a pé, se não fosse a falta de uma urbanização mais presente: segurança e menos lixo nas ruas, melhores calçadas, melhor iluminação e mais respeito ao pedestre.
Além disso, o paulistano também estaria disposto a mudar de meio de transporte em troca da mobilidade ativa. Quase um terço dos entrevistados, abandonariam os seus carros para fazerem a substituição, enquanto que quase metade deixariam o tranporte público para transformarem seu modo de locomover-se pela cidade.
Incentivar a prática de atividades físicas é outro fator que também deve fazer parte das políticas públicas, não apenas para controle de obesidade, uma vez que mais da metade da população está obesa, mas também para garantir qualidade de vida nos meios de transporte.
No intuito de acompanhar a utilização dos modos de transporte ativos durante a atual gestão da capital paulista, os pesquisadores criaram um índice de mobilidade ativa. Para isso, eles pegaram a porcentagem de toda amostra que se locomovia ativamente, excluíram a parcela dos entrevistados que não realizava nenhuma atividade relacionada a trabalho, estudo ou saúde e chegaram a um resultado de 15,3%.
Confira os resultados abaixo: