DF: Governo promete 218 km de novas ciclovias em Brasília até 2018
Na última quarta-feira (9), o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, apresentou o Plano de Ciclomobilidade de Brasília. Chamado de +Bike, no projeto estão propostas a ampliação de ciclovias, integração com outros transportes e mais bicicletas públicas.
Além disso, a estratégia também está direcionada para conectar as ciclovias da cidade e criar uma rede integrada com a intenção de facilitar o deslocamento dos ciclistas, que usam a bike tanto como meio de transporte quanto para lazer.

© Gabriel Jabur/Agência Brasília
Para isso, estão planejados mais quilômetros de ciclovias, instalação de bicicletários nos terminais de ônibus e um novo sistema de compartilhamento de bicicletas integradas ao BRT.
“O nosso objetivo é que, no futuro, todo o DF possa ser ligado por uma malha cicloviária”, disse Rollemberg.
O investimento será de R$ 20 milhões, sem contar os valores aplicados em 72 quilômetros de projetos já em andamento, como a ciclovia da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), a do Lago Oeste, a do Trevo de Triagem Norte e a da Ligação Torto-Colorado.
De acordo com o governo, Brasília conta com 420 quilômetros de estruturas cicloviárias. A meta é ampliá-las em 50%, chegando ao fim de 2018 com mais 218 quilômetros. Até 2022, o plano prevê ampliar para 1,2 mil quilômetros o alcance das ciclovias de Brasília.
A instalação de novas estações de bikes compartilhadas também está sendo utilizada como ferramenta de fomento ao ciclismo urbano na capital do país.

Brasília conta com 420 quilômetros de estruturas cicloviárias / © Gabriel Jabur/Agência Brasília
Entre as prioridades, está a ampliação desses pontos para regiões que contam com o transporte de metrô.
Além disso, haverá remanejamento de pontos. Serão realocadas estações de onde há pouco uso das bicicletas públicas para áreas com mais demanda.
Para o secretário de Mobilidade do DF, Fábio Damasceno, a iniciativa é uma forma de integrar a bicicleta ao sistema de transporte como um todo, garantir mais segurança e sustentabilidade para a cidade. “Vamos oferecer melhor infraestrutura para aqueles que já usam a bicicleta, além de favorecer quem quer começar a usar”, explicou.
De acordo com o titular da pasta, as vantagens do sistema incluem a melhoria da saúde da população e um trânsito mais fluido. “Queremos mudar os paradigmas, ser referência em respeito ao ciclista e incentivar ao máximo o uso desse meio”, definiu.
Segundo o Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal, 2% dos deslocamentos diários no DF são feitos por bicicleta, o que representa aproximadamente 77 mil viagens por dia.

Estações de bikes compartilhadas serão realocadas de onde há pouco uso para áreas com mais demanda / © Gabriel Jabur/Agência Brasília
Aplicativo para usar bicicletas será atualizado
Também dentro das medidas do plano, o aplicativo (disponível para Android e iOS) para usar as bicicletas passará por uma atualização e será renomeado para +Bike.
Entre as novidades do aplicativo está a cobrança de tarifa diária, de R$ 3, e de R$ 6 por mês, além da tarifa anual de R$ 10, o que pode ser uma opção para turistas ou para aqueles que querem usar a bicicleta por menos tempo.

O aplicativo passará por atualizações / © Gabriel Jabur/Agência Brasília
As mudanças serão automáticas na atualização da ferramenta para quem já a possui. Nos últimos três anos, já foram feitas mais de 708 mil viagens com as bicicletas públicas da cidade.
Instalação de paraciclos e bicicletários também estão nos planos
Visando à integração do uso da bicicleta com outros modais, bicicletários serão instalados em dez terminais do sistema de transporte público coletivo, tendo que possuir entre 30 a 50 vagas, ser de uso gratuito, bastando ao usuário levar o cadeado para que possa prender sua bike no local. Cada empresa de ônibus que opera na cidade ficará responsável pela instalação de dois bicicletários.
Ainda em agosto, a pasta lançará licitação para compra de 3 mil paraciclos. A instalação em diversos pontos do DF, principalmente naqueles que contam com transporte de metrô, está prevista para até o fim deste ano.
De acordo com Damasceno, a secretaria também trabalha em campanhas educativas em todo sistema de transporte público para estimular a boa convivência no trânsito.
O titular da pasta adiantou ainda que há uma ordem de serviço para contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento para um diagnóstico da malha cicloviária do DF.
Terminais de BRT receberão testes para uso de bicicletas integradas
Três terminais de BRT — os de Santa Maria, do Gama e do Park Way — passarão por testes para implementar o compartilhamento de 150 bicicletas integradas. A licitação para os testes ainda está em fase de finalização.
A ideia é que os usuários fiquem com as bicicletas por um longo período, de cerca de 12 horas. Por exemplo, alguém que saia do trabalho e chegue à estação de Santa Maria poderá retirar uma unidade e ir para casa.
Apenas no dia seguinte, provavelmente quando precisar se deslocar novamente até a estação, é que o cidadão precisará devolver a bicicleta.
*com informações de Agência Brasília