Velódromo Olímpico sofre incêndio e ministro culpa balão
Um incêndio atingiu o Velódromo Olímpico do Rio de Janeiro na madrugada desse domingo (30). Ainda não se conhece a extensão dos danos ao que seria o maior legado da Rio-2016 para o ciclismo brasileiro, mas o ministro dos esportes Leonardo Picciani diz que o fogo foi causado por balões que caíram no Parque Olímpico.
“Uma triste notícia desta madrugada. Um balão atingiu o Velódromo da Barra da Tijuca, RJ. Absurdo! Além do balão que queimou o velódromo vários outros caíram no parque olímpico”, publicou o ministro em sua conta no twitter.
A perícia dos bombeiros e a investigação da Polícia Civil ainda vão apurar causas e efeitos do incêndio, mas já são visíveis os grandes danos à cobertura do local que recebeu as provas do ciclismo de pista nas Olimpíadas e foi considerado por atletas e treinadores como o Velódromo mais rápido do mundo. Na Rio-2016 35 recordes mundiais, olímpicos e paralímpicos foram quebrados naquela pista. Veja a imagem captada pelo helicóptero da TV Globo e exibida no Esporte Espetacular nesta manhã:
De acordo com informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros, foram destacados 20 funcionários e três veículos da corporação para fazer o combate às chamas a partir de 0h30. O trabalho perdurou até as 8h da manhã, mas o fogo foi cessado por volta de 2h30 e não houve vítimas.
Neste vídeo divulgado pelo ministro, é possível ver um outro balão caindo dentro do Parque Olímpico:
Esse foi último registro. Agradecemos @cbmerjoficial pelo empenho nessa triste fatalidade e seguimos acompanhando a operação #POB #Velódromo pic.twitter.com/frCDyYIGGd
— Leonardo Picciani (@LeoPicciani15) 30 de julho de 2017
Absurdo! Além do balão que queimou o velódromo varios outros caíram no parque olímpico. pic.twitter.com/RJMJ8c7Nhh
— Leonardo Picciani (@LeoPicciani15) 30 de julho de 2017
Histórico de polêmicas
O Velódromo foi o equipamento esportivo mais cercado de polêmicas antes e depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A arena foi a última a ser entregue, já às vésperas da disputa e passou quase um ano fechada após a olimpíada. Agora, o legado também costuma ser alvo de questionamentos por conta dos custos de manutenção: 11 milhões por ano, especialmente por conta do uso do ar condicionado, que deve ficar ligado o tempo todo para manter a integridade da pista de madeira.
De toda forma, a reabertura do Velódromo do Rio de Janeiro era um sopro de esperança aos que vivem e torcem pelo ciclismo no país. A disponibilidade de uma arena de alto nível como essa é vista como essencial para o desenvolvimento dos atletas e do próprio esporte em duas rodas. Agora, infelizmente um nova novela adiará os planos dos ciclistas brasileiros.
Leia a nota completa do Ministério dos Esportes:
“O Ministério do Esporte lamenta profundamente o incidente ocorrido nesta madrugada na Velódromo do Parque da Barra e, ao mesmo tempo, critica essa prática criminosa de soltar balão. O Velódromo, legado dos Jogos Olímpicos brasileiros, vinha sendo utilizado por atletas e pela comunidade do Rio de Janeiro. Aguardamos e confiamos na apuração e punição dos envolvidos por destruírem mais do que um bem público, um equipamento comum a todos. Após a perícia dos Bombeiros, avaliaremos os danos e medidas a serem adotadas para recuperação desse importante bem nacional.”