No centro de SP, paraciclo solto oferece risco de furtos de bikes
Vídeo com ciclista mostrando paraciclo solto na região central de SP está viralizando na internet e mostrando como alguns furtos de bike podem acontecer na capital.
Parar ou não parar a bike na rua? Eis a questão. Quem vive com a bike pela cidade sabe a importância de um lugar seguro para estacionar a bicicleta. De toda forma, na ausência de uma boa oferta de bicicletários, é quase inevitável recorrer a postes e paraciclos.
Aí vem aquele aperto no coração…”vou resolver o que preciso rapidão e já pegar a bike de novo”. O ciclista e produtor Sickera também passa por isso, mas tem uma dica básica para quem pedala em grandes cidades como São Paulo: “A gente tem que ser mais malandros que esses caras”.
A fala aparece ao final do vídeo recentemente postado nas redes sociais, e que já acumula centenas de compartilhamentos e milhares de visualizações. Na frente da Galeria do Rock, região central da capital paulista, Sickera mostra um paraciclo solto do chão, que está apenas encaixado nos buracos do concreto. Sem uma fixação no solo, o equipamento não serve a seu propósito, já que uma bicicleta, mesmo amarrada ali, poderia ser facilmente retirada por um assaltante. Confira o vídeo:
Procurado pela reportagem, Sickera relata que essa não foi a primeira vez. “Eu cansei de ver postes e paraciclos desse jeito. Na região do centro de SP é mais comum ainda. Resolvi gravar o vídeo para fazer esse alerta. A gente tem que ficar ligeiro, ser mais esperto que os caras”, explica o ciclista.
Na conversa, Sickera comenta a cultura do ciclismo urbano que cresce na capital, e reclama da falta de campanhas e estratégias de conscientização da mobilidade como um todo. “Tem muita gente nova pegando a bike e saindo de casa, mas falta uma consciência de espaço, de segurança, de respeito mesmo”, comenta.
Por fim, o ciclista dá duas dicas para quem quer aproveitar a cidade de bike com menos riscos de perder a magrela. Se liga:
- “Todo lugar que você for parar tem que dar uma conferida. Os postes sem placa são os piores, geralmente estão ali só para facilitar o furto da bike de quem estaciona”;
- “Tem que prender a bicicleta pelo quadro. O que já vi de gente prendendo bike de blocagem pela roda é triste”.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura Regional da Sé perguntando sobre a existência de uma equipe de fiscalização e manutenção dos paraciclos públicos da cidade, e recebeu a seguinte resposta: “ A prefeitura regional Sé esclarece que todas as solicitações devem ser registradas no canal oficial da Prefeitura, seja por meio do 156 ou do portal. Sobre o paraciclo, informamos que será feita a vistoria e posterior reparo”.
Entre 2015 e 2016, a prefeitura paulistana instalou 1187 paraciclos espalhados pela cidade, sendo 996 em vias públicas, 113 em bibliotecas e centros culturais e 78 em prédios da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Na manhã dessa sexta-feira (07), o Bike é Legal voltou a entrar em contato com a assessoria da regional para saber se o reparo já havia sido feito. A reportagem foi informada que o equipamento foi furtado, já não está mais no local, mas que não há uma previsão para a reposição da estrutura.
Informado, o ciclista Sickera quis voltar para o local e averiguar a situação. Veja o novo vídeo onde ele mostra que o paraciclo continua lá, solto: