Protesto reclama a morte de brasileira e outros dois ciclistas na capital britânica
Na última semana, três atropelamentos tiraram a vida de ciclistas que pedalavam pela cidade de Londres, na Inglaterra. O grupo 'Stop Killing Cyclists' pede mais segurança para os modais ativos na capital.
A arquiteta e brasileira Karla Tomila Roman, de 32 anos, pedalava pelo leste de Londres quando foi atingida por um ônibus. Karla morreu horas depois de ter sido resgatada e levada ao hospital pela equipe de socorro. Uma campanha de financiamento coletivo para trazer o corpo da arquiteta ao Brasil foi criada por sua família, que já conseguiu arrecadar £18.392 (R$4.728), 183% da meta. A ciclista morava na Europa havia cerca de cinco anos.
No mesmo dia em que Karla foi atropelada, outra ciclista já havia falecido pelo mesmo motivo, ao norte da capital britânica. Segundo conta o Enfield Today, acredita-se que a ciclista Anita Szucs estava pedalando a caminho de casa depois de trabalhar em um armazém de distribuição, quando foi atingida por um pequeno carro branco, cujo motorista fugiu do local e não prestou socorro.
Ainda de acordo com o jornal, dois rapazes, um de 19 anos e outro de 22, foram presos por serem suspeitos de causar a morte de Anita e aguardam em liberdade até uma data no final de março, período em que serão feitas mais investigações. A colisão ocorreu próximo à casa de Anita e o carro envolvido no acidente já foi localizado.
Em um período de 4 dias, Ben Wales de 32 anos foi o terceiro ciclista a morrer em Londres, na quinta-feira (9), após colidir com um caminhão basculante no leste da cidade, próximo à fábrica de açúcar onde trabalhava. O serviço de emergência atendeu Wales, que foi declarado morto no local do acidente.
Em memória à essas mortes, no sábado (11), ocorreu um protesto organizado pelo grupo Stop Killing Cyclists (Pare de matar ciclistas), em que centenas de ciclistas pedalaram do Parlamento até o Departamento das Finanças Públicas e Política Econômica do Reino Unido, o Treasury, onde deitaram sobre o asfalto, fizeram um minuto de silêncio e reivindicaram mais verba para a segurança de ciclistas e pedestres.
Um porta-voz disse que o prefeito Sadiq Khan está “determinado a fazer com que caminhar e pedalar em Londres seja mais fácil e seguro”.”Qualquer morte ou lesões graves em nossas ruas é inaceitável, e nossa prioridade é erradicá-las”, disse o Diretor Geral de Transportes de Superfície de Londres, Leon Daniels.
“Nós estamos investindo em ciclovias mais seguras, trabalhando com os distritos de Londres para introduzir mais limites de 20mph (32.19 km/h), visando remover os veículos pesados de mercadorias das ruas da capital até 2020 e continuando nossos programas de educação por um trânsito seguro”, complementou Daniels.