SP: Aumento das velocidades nas marginais segue sem estudos técnicos
Em reunião do CMTT dessa quinta-feira (19), a nova gestão da Prefeitura de SP reafirmou os aumentos das velocidades nas marginais e segue sem apresentar os estudos técnicos que dizem amparar a medida
Nessa quinta-feira (19), a nova gestão da Prefeitura de São Paulo promoveu uma reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito para apresentar mudanças dessa esfera no município. Uma das pautas era o já anunciado aumento das velocidades máximas nas Marginais Pinheiros e Tietê.
Com o slogan “Marginal Segura”, a nova gestão declarou que o monitoramento e as equipes de apoio serão aumentadas para permitir que as vias passem a ter as velocidades de 90 km/h nas expressas, 60 km/h na locais e 50 km/h na faixa da direita.
Segundo fala do Diretor da CET, João Octaviano, estudos técnicos foram feitos com base em horários de trânsito, tamanho e geometria das pistas e tempo de frenagem. Contudo, até o momento, nenhum desses dados foi apresentado e os ativistas questionam o porquê de uma medida como essas que anda em sentido contrário a prevenção de acidentes exigida pela ONU e outros órgão internacionais.
“O aumento das velocidades não vem para resolver problema algum.”, argumenta Rafael Calabria do Idec. Gabriela Vuolo da organização Cidade dos Sonhos contra argumentou a fala do Diretor da CET que disse que em seu projeto original as marginais seriam como rodovias: “Existem estudos publicados que comprovam que as marginais não tem estrutura para serem consideradas rodovias, além das mudanças da cidade que não permitem velocidades como essas. E deixo aqui a simples pergunta: por que revogar uma medida que ajudou a salvar tantas vidas?”, questiona Gabriela.
Ainda sobre os aumentos das velocidades, o Secretário de Mobilidade e Transporte Sérgio Avelleda disse que recebe diariamente um relatório com os acidentes da cidade e que uma companha de conscientização sobre os riscos das altas velocidades será feita entre a população paulistano. Uma fala que só comprova o risco da medida que está sendo tomada.
Para tentar barrar os aumentos das velocidades nas marginais, a Ciclocidade entrou na justiça com uma Ação Civil Pública. O pedido baseia-se principalmente no fato de que a Prefeitura tem sido incapaz de dar garantias de que a medida não coloca em risco à vida de quem circula por aquelas vias. Para entender melhor essa ação, acesse o comunicado oficial da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo.