Ciclistas e pedestres participam de Bicicletada/Pedestrada na Avenida Paulista / © Mauricio Monforte

Era por volta de nove da noite, da última sexta-feira (28), quando da janela da sala de aula avistei alguns ciclistas e pedestres passando pelas faixas e ciclovia da Avenida Paulista, sentido Brigadeiro. A Bicicletada e Pedestrada estava acontecendo.

Após constatar esse fato, ficou difícil não descer e ir participar daquela que seria a minha primeira Massa Crítica e tinha entre as suas reivindicações: “nem um centímetro a menos, nem um km/h a mais”, nos lembrando de algumas declarações dadas pelo prefeito eleito João Doria.

Quando perguntado em entrevista ao Estadão se iria mexer nas ciclovias, Doria responder: “As ciclovias serão preservadas onde funcionam bem, onde têm movimento, ciclistas. Não serão continuadas em calçadas nem onde não são utilizadas.”.

Também nos recorda uma de suas principais propostas: a revogação da diminuição dos limites de velocidade das Marginais.

É inegável que medidas como áreas 40, redução de velocidade nas avenidas, ampliação da rede cicloviária e intensificação na fiscalização de trânsito ajudaram, e muito, a reduzir o número de mortes no trânsito da capital paulista em 20,6% e fez com que 257 vidas não fossem perdidas. Ainda assim, foram 450 mortes, de acordo com um relatório comparativo 2015-2014 da CET, um número alto e que fez com que durante o percurso fossem pintados no asfalto a hashtag “Quem matou 450?” e corpos ensanguentados.

Espero que essa tenha a sido a primeira de muitas Bicicletadas que participo.