Rio-2016: Colombianos fazem a festa nas finais do BMX
Com ouro e bronze na pista, ciclistas colombianos agitam as arquibancadas do Centro Olímpico de BMX
O último dia de competições do BMX nos Jogos Olímpicos esquentou ainda mais a ensolarada sexta-feira (19), no Rio de Janeiro. A disputa das semifinais e finais das categorias feminina e masculina agitaram o Centro Olímpico de BMX, que recebeu bom público, especialmente os colombianos, que encheram boa parte dos lugares disponíveis.
O dia começou com as baterias semifinais. No feminino o primeiro grupo começou com domínio total da colombiana Mariana Pajón, que venceu todas as três corridas, se classificando com a melhor colocação. A americana Alise Post, chegou a ameaçar a liderança da atual campeã olímpica, mas acabou com a segunda posição. A venezuelana Stefany Hernandez e a francesa Manon Valentino foram as outras classificadas da bateria.
Na segunda bateria das mulheres, uma das favoritas a medalha, Caroline Buchanan, da Austrália, começou bem, vencendo a primeira prova, mas caiu de rendimento na outras duas voltas, ficando de fora da final. Melhor para as classificadas, Laura Smulders (HOL), Brooke Crain (EUA), Elke Vanhoof (BEL) e Yaroslava Bondarenko (RUS).
No masculino, domínio dos australianos nas duas baterias das semis, Anthony Dean e Sam Willoughby venceram com tranquilidade. Os outros classificados foram Jelle Van Gorkom (HOL), Carlos Alberto Ramirez Yepes (COL), Nicholas Long(EUA), Connor Fields (EUA), Niek Kimmann (HOL), Troy Nihaug (CAN).
A disputa das finais veio logo em seguida, com as mulheres entrando na pista do Centro Olímpico de BMX primeiro. Sem dar nenhuma esperança às adversarias, Mariana Pajón dominou e venceu a prova, tornando-se bicampeã olímpica, para o delírio da multidão colombiana, que fez muita festa nas arquibancadas. Alise Post, dos Estados Unidos ficou com a prata e o bronze foi para a venezuelana Stefany Hernandez.
“Me senti em casa hoje, fiquei com muita energia vendo essa torcida de amarelo, todas as adversárias se prepararam para ganhar, mas minha chave para vitória foi sempre fazer uma volta melhor que a outra.” Comemorou a bicampeã olímpica.
A medalhista de bronze Stefany Hernandez comentou sobre o fato de duas latino-americanas estarem no pódio: “Estamos mostrando que a América Latina está se tornando uma potencia no BMX, é muito bom mostrar isso para abrir as portas para uma futura geração que também sonha com os Jogos Olímpicos.”
Na final masculina, o favoritismo estava com Sam Willoughby, prata em Londres, que dominou todas as suas baterias classificatórias. Porém na final, o australiano foi engolido pelos oponentes, terminando apenas na sexta colocação. O americano Connor Fields fez uma excelente linha durante a corrida, ultrapassando seu compatriota Nicholas Long na penúltima reta, para sagrar-se campeão olímpico. O holandês Jelle Van Gorkom veio no embalo e terminou em segundo. Long e Carlos Alberto Ramirez Yepes cruzaram juntos a linha de chegada e a terceira colocação foi definida apenas com análise de vídeo. Após a confirmação, o bronze foi dado para Yepes fazendo a torcida colombiana explodir novamente em felicidade.
“Muito feliz pelo pódio, trabalhei e lutei muito por isso, batalhei muito com os outros atletas durante a prova por esse resultado. Agradeço aos colombianos pela torcida contagiante que esteve aqui.” Declarou o terceiro colocado, Carlos Alberto Ramirez Yepes.
O campeão Connor Fields disse o que o motivou para essa final e também o que achou da pista do Centro Olímpico de BMX: “Pensei como me senti mal com meu resultado em Londres e que aqui eu tinha a chance de mudar esse sentimento, isso me deu energia para ir atrás da vitória. Essa pista é minha favorita em todas que eu já corri, espero que o Brasil fique com ela e que eu possa voltar para competir mais aqui.”