Seis meses após sua inauguração, a ciclovia da avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini já prova a existência de uma demanda reprimida do uso da bicicleta num dos principais centros empresariais de São Paulo.

Apelidada informalmente de “ciclovia dos engravatados”, a estrutura foi alvo da última contagem de ciclistas realizada pela Ciclocidade (Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo), que registrou a passagem de 1510 ciclistas por ali ao longo de um dia.

O levantamento foi feito no dia 24 de junho, entre 6 e 20 horas. As origens e os destinos considerados foram: Brooklin, Vila Olímpia e Indianópolis. Porém, ao longo do dia, alguns ciclistas foram para a Marginal também, um destino que não estava previsto na folha de contagem, estes contabilizaram 13 ciclistas, já inclusos no total de 1.510. Quase a metade desse total partia da Vila Olímpia com destino ao Brooklin.

Com 3km de extensão, ciclovia atende importante centro empresarial da capital paulista / © Murilo Azevedo

O perfil em relação à faixa etária e ao gênero era quase homogêneo: 89% homens e 99% adultos. O das bicicletas, então, era mais homogêneo ainda: apenas 1% era de serviço e 2% eram elétricas. As bicicletas laranjas do Bike Sampa eram 5%. Além disso, também teve 1% de skate.

Em relação à segurança, os números são mais equilibrados: 51% utilizavam capacete e 48% tinham luz ligada na bike (das 6h às 8h; das 17h às 20h). Nenhum estava com carona/garupa. E 32% estavam sem bagagem.

A ciclovia foi inaugurada em janeiro deste ano, no final de semana do aniversário de São Paulo.

Confira neste vídeo o uso e as características da “ciclovia dos engravatados”.