Um pedal pela proteção dos animais em Paranapiacaba, em SP
Tenho um amigo, que alguma pedalada me trouxe, que cansado de pedir recursos para ajudar cães e gatos em situação de abandono ou maltrato, passou a resgatar, tratar e procurar um lar para esses pets
Paranapiacaba e Di Cão.
Uma das melhores coisas que existe é poder fazer aquilo que se gosta e ainda ajudar ou contribuir para alguma causa que encha o coração e faça nos sentirmos úteis, e que estamos de certa forma fazendo alguma diferença nesse mundão.
Tenho um amigo, que alguma pedalada me trouxe, que cansado de pedir recursos para ajudar cães e gatos em situação de abandono ou maltrato, passou a resgatar, tratar e procurar um lar para esses pets. Agora ele criou um evento esportivo com toda renda revertida para esse objetivo.
A Di Cão, do Bob Morais, promoveu dois eventos esse final de semana, na Estrada Velha, local conhecido para treinamento de triatletas, que podem correr, nadar e pedalar. No sábado teve a natação e domingo a corrida. Esse bom motivo foi suficiente para me levar até lá no sábado bem cedinho, sem ter a coragem necessária para entrar na água com a temperatura perto de 10 graus, mesmo ele me jurando que na água estava 22 graus, acompanhei um pouco desse belo trabalho, subi na bicicleta e direcionei minha bussola para Paranapiacaba.
Essa vila surgida em 1860, muito próxima a São Paulo, é um distrito município de Santo André, e tem duas características marcantes que é o “fog” que lembra o inglês, mas é devido a localização no alto da Serra do Mar e a arquitetura, que essa sim é herança inglesa, que vieram para construir a estrada de ferro São Paulo Railway, que ligaria a capital ao porto de Santos.
A imponente torre do relógio Johnnie Walker Benson, é o símbolo maior da cidade e servia para regular o horário de chegada e partida das locomotivas, ainda é possível chegar em uma delas partindo da Estação da Luz.
Saindo da Caminho do Mar pedalando é praticamente uma reta (Rod Adib Chammas), um tobogã para ser mais honesto, alternando descidas e subidas suaves e concentração necessária para passar no buraco das tartarugas do acostamento, sem se distrair com a linda paisagem que cerca a rodovia, a rota passa por Rio Grande da Serra, que tem o início da trilha para mountain bike, conhecido como Caminho do Sal (assunto para semana que vem), e chega ao ponto mais alto de Paranapiacaba.
A cidade fica dividida em parte alta e baixa, para os que chegam de speed não aconselho entrar por cima, ainda mais se estiver molhado pois as descidas são íngremes e de paralelepípedo, vale uma foto e voltar. Já dentro da cidade existe uma diversidade de opções, desde visitações guiadas ao Museu do Castelo, Museu Tecnológico Ferroviário, a Igreja de Parnapiacaba, que tem io interior incrível, a casa do Engenheiro, até trilhas para caminhada.
Durante o mês de julho tem o conhecido festival de inverno, onde diversos artistas se apresentam na cidade, que merece um dia todo de passeio.
O caminho de volta é o mesmo da ida, o total da quase 70 km, sem muitas subidas, e é possível fazer em 3 horas e ainda passar mais algumas na vila, na chegada ainda encontrei a turma encerrando com sucesso as atividades voluntárias para os bichinhos e partir para casa feliz e contente.
Quem simpatiza com a causa, segue contato do organizador: Bob Morais (Di Cão)