Ciclista brasileira cria bijuterias com materiais recicláveis de velhas bicicletas

São colares, brincos, pulseiras, tudo feito na base da reciclagem. Até mesmo os fechos das peças Iara conseguiu desenvolver com elos de corrente e costuras.

Giuliana Pompeu
5 de abril de 2016
Tempo aproximado de leitura: 1 min.

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“O bonito é o respeito pelo Planeta. Bijuterias bonitas não pedem materiais novos.”, Iara Grávio.

Essa é a ideia central das criações de Iara, uma ciclista apaixonada pela natureza que conheceu o prazer do pedal com o famoso grupo Night Biker’s. Iara é esposa de Rodolfo Grabner, criador dos reboques Siga-me, e foi a partir do trabalho de Rodolfo que a ciclista pensou em suas criações.

“Quando o Rodolfo começou a fabricar os reboques era muito comum me ver rodeada de peças de velhas bicicletas. Não demorou muito para que isso impulsionasse o meu desejo de criar alguns artesanatos, principalmente brincos que fossem grandes e coloridos, mas que não pesassem na orelha.”, conta a ciclista.

Foi em agosto de 2015 que Iara começou a desenvolver as primeiras peças e de lá para cá só tem crescido número de criações. São colares, brincos, pulseiras, tudo feito na base da reciclagem. Até mesmo os fechos das peças Iara conseguiu desenvolver com elos de corrente e costuras.

“Tudo que eu uso nas bijus é reciclado, até mesmo a coloração das peças é feitas com esmaltes que seriam jogados fora nos salões de beleza. As câmaras de pneus, que são talvez o material mais utilizado nos artesanatos, são velhas e precisam passar por um processo de limpeza e amolecimento para que se transformem em matéria de criação.”, explica Iara.

Iara conta que os artesanatos acabam por ser exclusivos, pois por mais que as peças de bicicletas sejam iguais em sua função quando usadas na bicicleta, ao passarem pelo tratamento de limpeza ficam com aspectos diferentes entre si.

A ciclista-artesã também transforma peças abandonadas na gaveta e por vezes mistura suas pedras e brilhos em novas criações. “Eu já fiz um rapa na família, transformei o que era velho para uns em algo novo para outros”, finaliza Iara.

Para adquirir as peça de Iara Grabner, basta visitar o site oficial de seus trabalho, o Cyclobelo, e encher o carrinho. As peças custam em média menos de vinte reais. Em breve, uma loja do centro de Paraty especializada em artes sustentáveis também estará comercializando o trabalho de Iara.

Giuliana Pompeu

Bikerrepórter do portal Bike é Legal, é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e Diretora do Documentário Ela Pedala. Tem experiência com estudos sobre uso da bicicleta nas cidades e as formas de manifestação da cultura do ciclismo, através do esporte e da ocupação dos espaços públicos. É uma ciclista urbana que busca por meio de seus textos e vídeos informar e aprender sobre as vantagens de se locomover de bicicleta. Além de uma entusiasta da mobilidade ativa, também acredita numa comunicação mais humana e libertadora.