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Cicloativistas rebatem matéria criticando futura ciclovia carioca

Já no título, o jornalista parte do ponto de vista do motorista do carro. Rapidamente passamos a perceber que as falas escolhidas como opiniões mais dizem contra do que a favor das ciclovias.

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  • 28 de setembro de 2015
  • Tempo aproximado de leitura: 6 minutos
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Carta-resposta à matéria “Ciclovia na Niemeyer e em São Conrado atrapalhará a visão do mar para quem estiver de carro“, publicada em 20 de setembro no jornal O Globo.

Reprodução

A ciclovia da Niemeyer e São Conrado já está em obras

Prezados editores e repórteres do jornal O Globo,

Fazemos parte de um grupo de pessoas que utiliza e promove a bicicleta como meio de transporte na cidade do Rio de Janeiro. Visitamos as obras da ciclovia da Av. Niemeyer em abril deste ano. O geólogo da Geo-Rio e fiscal da obra da ciclovia, Élcio Romão, que lamentavelmente não foi ouvido na matéria “Ciclovia na Niemeyer e em São Conrado atrapalhará a visão do mar para quem estiver de carro”, nos mostrou os desafios técnicos para execução do projeto que beneficiará, principalmente, os moradores do Vidigal e da Rocinha. É uma obra complexa que envolve diversos tipos de tecnologias, desapropriações de imóveis, tratamento de encosta e realocação de árvores e vegetação.

Em resposta à matéria publicada no dia 20 de setembro no jornal O Globo, seguem algumas considerações:

Já no título, o jornalista parte do ponto de vista do motorista do carro. Rapidamente passamos a perceber que as falas escolhidas como opiniões mais dizem contra do que a favor das ciclovias.

Vamos aos argumentos:

“No trecho em que a ciclovia está na altura da tubulação da Cedae, quem estiver de carro não verá o mar” – a fala é do arquiteto e urbanista Canagé Vilhena. Como o Presidente da Comissão de Segurança do Ciclismo do Rio, Raphael Pazos, bem afirmou, o motorista que usa a Niemeyer não pode se distrair observando a paisagem, ele deve estar concentrado na direção do veículo. O tempo de travessia de um automóvel a 40 km/h é de 1 minuto e 48 segundos. Devemos prescindir de infraestrutura e segurança para o pedestre e o ciclista para que o motorista veja o mar por menos de dois minutos? Além disso, crescemos num Rio de Janeiro de monstros, construções catastróficas como a Perimetral, que tornaram áreas densamente povoadas cuja arquitetura é um patrimônio da cidade, em desertos cinzas e violentos. Considerando a quantidade de viadutos e vias expressas da cidade, a construção da ciclovia da Niemeyer causará um impacto mínimo pra não dizer nulo na paisagem. Além disso, está prevista a construção de mirantes ao longo do trecho, possibilitando ao carioca novas formas de vislumbrar a cidade. Com certeza, a Niemeyer estará muito mais aberta às pessoas e atrairá muitos turistas.

“Com a mureta de proteção da ciclovia, será impossível ver o mar para quem estiver dentro de um automóvel”. Canagé complementa sua fala anterior citando uma possível mureta. No entanto, não existe mureta prevista no projeto e sim uma grade de proteção, como pode ser visto neste video:

Ou seja, a ciclovia não irá atrapalhar a visão dos motoristas e sim os ciclistas que por ela passarão a circular. Vale lembrar que, em 1992, os ciclistas brindaram os motoristas com a vista exuberante da orla de Copacabana que, antes da ciclovia, era uma área tomada por carros estacionados.

“Se a ideia era construir uma ciclovia, a prefeitura poderia muito bem ter investido numa estrutura mais larga, pensando também nos pedestres”. Mais uma pessoa que demonstra desconhecer o projeto. A frase é da vice-presidente do IAB, Fabiana Izaga. A ciclovia da Niemeyer é uma ciclofaixa compartilhada, ou seja, o espaço será compartilhado entre ciclistas e pedestres, como a ciclovia da Lagoa. Na maior parte dos trechos, segue o tamanho padrão para ciclovias. Nos locais que vão de encontro a muros e fachadas das mansões à beira-mar, o trecho será mais estreito. É importante reforçar que, em ciclofaixas compartilhadas, a preferência é sempre do pedestre.

“Aparentemente faltou planejamento” – a frase é da presidente da Associação de Moradores do Leblon, Evelyn Rosenzweig. Gostaríamos de saber em que momento esta senhora se interessou em conhecer o projeto mais profundamente? Quando esteve na prefeitura ou mesmo no canteiro de obras para conhecer os detalhes? Será ela uma usuária da bicicleta, do automóvel ou do transporte público? Como é possível um jornal como O Globo publicar uma opinião que começa com “aparentemente”, palavra vazia que nos remete a uma especulação. Como ciclistas diretamente envolvidos com a implantação de ciclovias junto à prefeitura sabemos o tempo que demora para um projeto como este acontecer: são muitos anos entre o início do planejamento e a execução. Ou seja, se alguma coisa faltou não foi o planejamento.

Infelizmente, o jornal não cumpriu sua tarefa de informar bem os seus leitores. Nenhuma das fotos que ilustram a reportagem foi feita por profissionais do jornal, e a matéria dá a entender que o repórter nem esteve no local para ver o trecho que cita. Faltam apuração e informações essenciais para o entendimento da falsa denúncia. A matéria parece estar muito mais preocupada em surfar na falsa rivalidade entre motoristas e ciclistas do que realmente informar os cidadãos sobre seus direitos e propor um debate sério sobre o tema.

Por 99 anos (desde a inauguração da Avenida Niemeyer), pessoas em bicicletas ou a pé são muito mal recebidas no local. Pela agressividade costumeira do motorista carioca, circular pela Niemeyer é difícil, perigoso ou no mínimo desconfortável. Nesses 99 anos, O Globo nunca se deu ao trabalho de questionar a falta de acesso à “visão do mar” para quem não está de carro. O jornal é feito para quem? Nitidamente, não para o bem comum, não para a cidade do Rio de Janeiro.

Enviamos esta carta à redação do jornal O Globo e até o presente momento não tivemos retorno. Por favor, compartilhem.

Assinam esta carta: André Casati, Andréa Cals, Arlindo Pereira Jr., Bê Lima, Carlos Aranha, Carolina Queiroz, Crix Lustosa, Eduardo Bernhardt, Elcio Cardoso da Silva,Fabio Nazareth, Blé Binatti, Maysa Blay, Michelle Castilho, Michelle Chevrand, Paulo Nigro], Raphael Pazos Español, Renan Braga, Rosa Maria Mattos, Tati Carvalho,Tiago Moraes Leitman, Ze Lobo.

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