Largo do Socorro é cruzado por mais de 970 ciclistas diariamente!
O local de confluência de vias arteriais como a Atlântica, a Guarapiranga e a Av. Vitor Manzini, é também um ponto de acesso a uma das maiores ciclovias da cidade de São Paulo, a do Rio Pinheiros.
O Grupo Bike Zona Sul, em parceria com a Associação Ciclocidade, realizou uma contagem de ciclistas no movimentado Largo do Socorro. O local de confluência de vias arteriais como a Atlântica, a Guarapiranga e a Av. Vitor Manzini (continuação da Av. Washington Luis) é também um ponto de acesso a uma das maiores ciclovias da cidade de São Paulo, a Ciclovia do Rio Pinheiros.
Alex Gomes
Largo do Socorro
Ao todo, desde às 6h até às 20h, foram contados 971 ciclistas, com os horários de pico sendo das seis às oito da manhã, totalizando 183 ciclistas e no período da noite, das 16h às 18h, com um total de 205 ciclistas.
Sobre as origens e destinos, os números mostram que durante a manhã, das seis horas ao meio dia, mais de 40% tem origem na Av. Guarapiranga e com média de 50%, o maior destino é a Ponte do Socorro. O movimento durante a noite se inverte, mostrando que a grande maioria dos ciclistas na região usam a bike como meio de transporte para irem trabalhar.
“Por se tratar de um local bastante hostil, onde não há controle de velocidade, o número de mulheres no pedal é bastante reduzido e a presença de homens pedalando é de mais de 97%.”, comenta Alex Gomes, coordenador de contagem do Bike Zona Sul.
“Outro dado interessante que podemos perceber é o grande número de ciclistas idosos na região, enquanto muitos jovens passavam pelas avenidas de moto. Parece haver um movimento da juventude de adesão ao meio de transporte motorizado mais barato, mas essa é uma questão que está sendo estudada mais afundo pela Ciclocidade.”, completa Alex.
Procurada para comentar a contagem a Associação Ciclocidade contou:
“As amplas vias com alto fluxo de veículos e de ônibus, a dificuldade em cruzar para o outro lado do Largo e a quase impossibilidade de atravessar a Ponte do Socorro fazem com que muitos ciclistas prefiram adotar uma postura cautelosa em vez de se arriscarem.
Flavio Soares
Tal atitude aparece nos números: praticamente a metade dos ciclistas (47%) usa a calçada ou a contramão para completar seus trajetos. Cansamos de contar ciclistas que vinham da ciclovia da Av. De Pinedo (foto acima) e cruzavam o Largo pelo canteiro central para pegar a calçada da Ponte do Socorro.”
O método utilizado para a contagem foi desenvolvido pela Associação Transporte Ativo, do Rio de Janeiro. Trata-se de uma planilha com um desenho esquemático do local, com espaços a serem preenchidos com a origem e o destino do ciclista, além de informações complementares como acessórios, faixa etária, gênero, tipo de bicicleta, etc.