A vitimização dos ciclistas e pedestres é uma constante no Brasil
Chamar atropelamentos de "acidentes de trânsito" é um erro grave, já que na grande maioria dos casos os motoristas foram negligentes e irresponsáveis, munidos de sua arma, o carro.
Primeiro dizem que os mais frágeis precisam prestar mais atenção, depois que eles não se fizeram tão visíveis, ou que o motorista “apenas” se distraiu. Chamar atropelamentos de “acidentes de trânsito” é um erro grave, já que na grande maioria dos casos os motoristas foram negligentes e irresponsáveis, munidos de sua arma, o carro; enquanto que dificilmente o pedestre pode ser considerado negligente, já que pela lei a preferência é sempre dele.
Frases como: “ele deveria estar usando capacete”, ou “ele deveria ter alguma iluminação de proteção”, ou “ele não deveria estar na rua”, ou muitas outras acusações que não possuem nenhum respaldo legislativo, são frases usadas por muitos para justificar alguma imprudência no trânsito. O caso é que na maioria das vezes, a culpa é sim do motorista, que considera seu carro um objeto de poder, tornando-o “dono da rua”, imune à qualquer que seja a lei.
A campanha “não foi acidente“, tenta chamar atenção para a negligência e irresponsabilidade dos assassinos motorizados espalhados pelo Brasil; com o objetivo de diminuir a impunidade dos motorizados e diminuir a vitimização dos cidadões ativos (não motorizados).
A impunidade nos atropelamentos do Brasil, só reforça esta vitimização, muitas vezes sequer punindo os assassinos motorizados; que continuam dirigindo e que muitas vezes mantém seu comportamento de risco (bebendo e correndo).
Enquanto o carro for o causador dos “não acidentes”, dificilmente o motorista irá arcar com as consequências e dificilmente o atropelado não será vitimizado.
Repense suas prioridades, a pressa não é motivo para arriscar vidas.