Desde 2010, a Rede Nossa São Paulo, em parceiria com o IBOPE, realiza anualmente a pesquisa IRBEM (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município). O estudo tem como objetivo fazer um levantamento de dados que ajudem as ações públicas e privadas a focar no bem-estar das pessoas. Com estes dados é possível montar um mapa da qualidade de vida em São Paulo.           

O Grupo de Trabalho Criança e Adolescente da Rede Nossa, composto pela própria Rede Nossa São Paulo, UNICEF, Instituto Paulo Montenegro, Visão Mundial, Instituto Alana, SESC, Instituto C&A e IBOE Inteligência, desenvolveu uma versão do IRBEM específica para ouvir crianças e adolescentes, entre 10 e 17 anos, sobre qualidade de vida na cidade.

REPRODUÇÃO

Capa do PDF de apresentação da pesquisa

A pesquisa que foi feita entre 13 e 30 de junho de 2015 e entrevistou um total de 805 crianças e adolescentes de ambos os sexos.  Uma maioria de 41 % dos entrevistados infanto-juvenis deram uma nota entre 6 e 8 (de 0 a 10), para classificar a qualidade de vida na cidade; enquanto 32% deram notas superiores à 9; e apenas 27% deram notas menores que 5. Já entre os adultos, o IRBEM de 2014 contava com 55% entre as notas 6 e 8, 16% acima de 9, e 29% abaixo da nota 5. Quando perguntados se viveriam em outra cidade, 49% responderam que sim e 49% que não; com 2% se abstendo.

A nota média dada para a categoria Transporte / Trânsito / Mobilidade foi de 5,8. Com 6,4 para o a eficiência do transporte público; 6,3 para o tempo levado na locomoção; 6,0 para ciclovias; 5,9 para a limpeza e conservação do transporte público; 5,1 para o respeito aos pedestres; e 4,0 de nota para os preços do transporte público. Ou seja, em geral, crianças e adolescentes se sentem insatisfeitos com as possibilidades de locomoção apresentadas para sua faixa etária.

REPRODUÇÃO

Pesquisa no quesito Transporte / Trânsito / Mobilidade

Já a nota média de satisfação em relação ao meio ambiente foi de 5,3; sendo a maior preocupação voltada para a preservação dos rios, lagos e represas, com uma nota de 4,1.

O índice geral de satisfação no quesito bem estar da cidade de São Paulo foi de 6,2. 43% se declararam pouco satisfeitos nos atributos avaliados, 39% se declararam satisfeitos e 18% muito satisfeitos. As prioridades apontadas pela pesquisa são: transporte/trânsito/mobilidade; aparência/estética; e segurança e proteção. As fraquezas apontadas foram: o meio ambiente e a saúde.

REPRODUÇÃO

Prioridades, fraquezas, oportunidades e fortalezas apontadas pela pesquisa

A conclusão é que para essa faixa etária (de 10 à 17 anos), os problemas do macrocosmo paulistano são grandes, enquanto os problemas sociais e culturais (do microcosmo) são os que menos preocupam os entrevistados.