Narciso nasceu em uma família, com boa saúde e teve uma boa formação. Mas com o tempo desenvolveu uma obsessão por sua própria imagem, em como a sua aparência era percebida pelos outros. Durante o processo de amadurecimento, seu egoísmo ficou cada vez mais claro, ele ignorava as paixões alheias, com olhos apenas para si mesmo.

Edu Cole

Narciso apaixonado pelo próprio ego (em forma de carro)

Pouco depois, as pessoas ignoradas por Narciso começaram a amaldiçoá-lo, até que a maldição enfim teve resultados. Narciso se apaixonou por ele mesmo, quando olhava seu reflexo no lago.  Melhor dizendo, se apaixonou por seu ego ao ver seu reflexo no metal do carro. Narciso não se importava com ninguém em seu caminho, ele e seu carro eram mais importante do que qualquer outra coisa, ele se sentia entorpecido com o seu status quo. 

Afinal ele que tinha todos os principais “talentos sociais” e sua dita beleza mecânica. Se sentia admirado por todos, mesmo não se importando com ninguém. Se sentia importante, quando admirado rodando em seu “possante” vermelho.

Mas foi ficando tão entorpecido com a situação, que logo começou a definhar em seu sedentarismo e egoísmo. A maldição da carrocracia finalmente o transformou em uma flor, paralisada pelo sedentarismo, fascinada pela beleza superficial da máquina e ainda encarando seu reflexo na sociedade narcisista. Assim nascia a primeira flor mecânica.

Nota: a palavra Narciso tem origem na palavra Grega “nark”, que significa entorpecido, sendo que essa também é a origem da palavra “narcótico”.