Prefeitura de SP pretende unificar os sistemas de bicicletas compartilhadas
Essa é uma estratégia a longo prazo, que tem o objetivo de até 2024 ter bicicletas compartilhadas em toda a cidade, integradas com o transporte público municipal e também com o metropolitano.
Com o objetivo de unificar os sistemas de bicicletas compartilhadas, melhorar a qualidade do serviço, ampliar a área de abrangência e estimular a integração com o transporte público, a Prefeitura de São Paulo pretende modificar o sistema de bikes públicas na capital.
Renata Falzoni
Sistema de compartilhamento de bicicletas do BikeSampa
Um “Chamamento Público” para as empresas interessadas em operar e patrocinar o novo sistema deverá ser divulgado pela prefeitura nos próximos dias.
“Não se trata de uma licitação, mesmo porque não há base legal para isso”, explica a arquiteta Suzana Nogueira, coordenadora de Planejamento Cicloviário da CET. Ela lembra que há um projeto de lei em tramitação na Câmara que – se aprovado – permitirá a abertura de um processo licitatório, talvez com lotes, por regiões da cidade.
Essa é uma estratégia a longo prazo, que tem o objetivo de até 2024 ter bicicletas compartilhadas em toda a cidade, integradas com o transporte público municipal e também com o metropolitano. Possibilitando, por exemplo, a instalação de estações de bicicletas compartilhadas dentro das estações do metrô.
“A negociação com o governo do Estado já está bem avançada, mas decidimos fazer antes os ajustes no sistema para dar sequência ao projeto com a Companhia do Metrô”, explicou Suzana.
Integrando os sistemas
Atualmente a capital paulista possui dois sistemas de compartilhamento de bicicletas, o BikeSampa e o CicloSampa, que não funcionam de forma integrada, impedindo que os usuário de um possa usar as bikes do outro. Além disso, o sistema CicloSampa não permite a integração com o Bilhete Único.
Segundo a executiva da CET, outro fator importante para a iniciativa, são as reclamações dos usuários dos sistemas sobre problemas de manutenção das bicicletas e de falhas na operação. O projeto de renovação inclui, por exemplo, a exigência de que as bicicletas tenham iluminação led, para sinalização de segurança, assim como em outros países.
A prefeitura deseja também que as informações sobre o uso do sistema, como o tipo de usuário, ou os itinerários realizados, possam ser monitorados para o planejamento de futuras ações.
“Os dois modelos que já estão em São Paulo mostraram que a cidade acolheu bem e precisa de um sistema de bikes públicas, principalmente como um modo complementar aos grandes sistemas de mobilidade. Mas, o modelo atual não vai permitir que o sistema seja ampliado para todas as regiões da cidade”, concluiu Suzana Nogueira.