Paris quer ser a capital mundial da bicicleta até 2020
Hoje, ciclistas correspondem a 5% dos deslocamentos na cidade da luz e a meta é atingir 15% dobrando a quantidade de ciclovias.
Um plano ousado quer fazer de Paris a capital da bicicleta no mundo em apenas cinco anos. Com orçamento de 164 milhões de dólares, o objetivo é triplicar o número de viagens feitas de bike.
Hoje, ciclistas correspondem a 5% dos deslocamentos na cidade da luz e a meta é atingir 15% dobrando a quantidade de ciclovias, reduzindo a velocidade dos carros para 30km/h em várias ruas, além de contar com a criação de 10 mil vagas para estacionamento das magrelas. A proposta ainda precisa ser aprovada pelos vereadores da cidade e vai a votação no próximo dia 13 de abril.
Divulgação/Vélib
Até 2020, a capital francesa deve contar com mais de 1300km de estruturas cicloviárias, além de um programa de incentivos financeiros para compra de novas bikes – elétricas e convencionais.
Como já mostramos aqui no Bike é Legal, a meta da prefeita Anne Hidalgo também passa por tirar carros do centro. Numa área que engloba os quatro distritos centrais da ‘cidade luz’, será permitida apenas a passagem de bicicletas, ônibus, táxis, carros de emergência e de entregas, além dos veículos de moradores.
“Hoje, 60% dos parisienses não possuem o próprio carro, enquanto em 2011 esse número era 40%. Está mudando rapidamente”, diz a prefeita Anne Hidalgo.
O posto de capital da bike
Se você fizer uma pesquisa perguntando qual a capital da bicicleta no mundo hoje, é provável que não ouça respostas muito diferentes de Amsterdam (Holanda) e Copenhagen (Dinamarca), mas a verdade é que as casas mais tradicionais da bike tem cada vez mais “concorrência”.
Além de Paris e seu arrojado plano quinquenal, megalópoles como Nova York e Londres dão cada vez mais espaço aos ciclistas. O modelo do transporte apoiado no veículo motorizado individual faliu. E as grandes cidades – sobretudo entre suas populações mais jovens – já perceberam isso.
Aqui no Brasil, São Paulo tem sido a bola da vez. No início desta semana, a prefeitura apresentou o planejamento da ampliação da rede cicloviária com vistas em 2016, 2024 e 2030. As diretrizes do plano indicam para uma cidade com mais de 1,5mil km de ciclovias, abrangendo todo o território do município e possibilitando ligação com as cidades vizinhas na região metropolitana.
A primeira versão do PlanMob – ainda haverá reuniões públicas para discutir alterações e melhorias – também inclui bicicletários em todas estações de trem/metrô e terminais de ônibus, além da ampliação do sistema de bikes compartilhadas, que hoje atende a apenas 10% da cidade.
Para fazer frente às capitais da bicicleta, entretanto, ainda há muito que se pedalar. Quando do início do plano CicloviaSP, o secretário de transportes Jilmar Tatto chegou a estabelecer o objetivo de ver 5% dos deslocamentos da cidade serem feito em bicicleta, mas não soube estabelecer um prazo para isso.
Para participar da construção do PlanMob-SP, você pode enviar críticas e sugestões para [email protected], além de participar da Frente de debates que acontece no próximo sábado, 11 de abril, a partir das 9h na Uninove Vergueiro. (saiba mais)
Já pensou ter uma das capitais mundiais da bicicleta aqui no Brasil? Faça sua parte.