Direitos e Deveres: Por que Bike é Legal?
A conclusão da série de textos sobre os direitos e deveres. Bike é Legal e tem sido cada dia mais legal.
Nas palavras de Renata Falzoni: “Bike é muito legal…” Uma das buscas do Freud foi um elo de ligação com as suas emoções de infância, e a bicicleta é esse elo direto. Você começa a pedalar e não importa a sua idade, você resgata a sua alegria de infância… O LEGAL da bicicleta é você conseguir associar ao transporte na cidade, que é sempre um fardo nas grandes cidades, especialmente São Paulo, à uma atividade lúdica, de lazer e de prazer…”. Veja mais nestas entrevistas.
No primeiro texto dessa série, refleti sobre o conceito “legal”, tanto do ponto de vista ético, quanto do ponto de vista legislativo; escrevi na segunda parte sobre o conceito de saúde, relacionando-o de modo intrínseco aos conceitos de alegria, prazer, consciência, etc; associei essa saúde ao meio ambiente (cidade) na terceira parte; e no último texto escrito da série, abordei a “ascensão” do cidadão, onde o conceito de atividade tem um papel fundamental, para que esse processo aconteça.
Edu Cole
Bike é muito legal, a cada dia mais
Todos os textos até então trataram de um movimento entre um ser ordinário, que trilha um caminho de aventuras com responsabilidades e liberdades; para melhorar sua vida e as daqueles que fazem parte dela. Sim o ato de pedalar evoca todos esses conceitos: legal, saudável, prazeroso, consciente, ativo, humanizado e dependendo da imaginação até icônico, heróico, mítico… Mas pedalar pode ser só parte de uma filosofia de vida mais ativa.
Como já “dizia” Sócrates: “Só sei que nada sei”, o aprendizado é eterno e as verdades morrem. Todo novo aprendizado requer esforço e sofrimento, mas aquilo que é mais difícil, normalmente também é mais prazeroso/saudável. Junto com as primeiras pedaladas, surgem novas liberdades e novas responsabilidades; além de expandir os limites espaciais (a famosa primeira volta no quarteirão), expande as noções subjetivas também, com um crescimento dos sentimentos de independência e de maturidade. Celebremos o (re)nascimento de um cidadão mais ativo, um habitante que interage mais com a cidade e com a vida que a compõe, que reivindica uma cidade melhor e mais viva.
Edu Cole
bike: um símbolo das primeiras interações com a cidade
Assim a magrela tende a acompanhar as primeiras interações com a cidade, gerando normalmente experiências positivas e úteis; onde a “criança” conhece melhor sua cidade, aprendendo sobre seus perigos e suas belezas. As bikes e aqueles que a usam como veículo, tendem a gerar mais vida, mais belezas e mais riquezas para a cidade.
Por tudo isso e mais um pouco, afirmo com facilidade que BIKE É mais LEGAL a cada dia.