O Secretário Municipal de Transportes de São Paulo Jilmar Tatto entrou em contato com a redação do Bike é Legal e confirmou que de fato a ponte Itapaiúnas, integrante da Operação Águas Espraiadas, não terá ciclovia, pois o orçamento dessa ponte, está restrito ao valor das obras de compensação dos empreendimentos Praça São Paulo e Parque da Cidade e portanto não foi possível inserir a ciclovia na ponte devido a custos.

Leia a reportagem “Mais uma ponte sem pedestres e ciclistas”

Ainda segundo Jilmar Tatto, será a construída uma ciclopassarela sobre o Rio Pinheiros, ao lado da Ponte João Dias, com verba da Operação Águas Espraidas no ano de 2015.

Murilo Azevedo

Hoje, ponte João Dias não possibilita acesso à ciclovia do Rio Pinheiros

Essa notícia é novidade. Até o dia da coletiva de imprensa sobre a adequação das pontes sobre os rios Pinheiros e Tietê, as negociações de ciclovia sobre a Ponte Itapaiúnas ainda estavam em andamento.

Maiores detalhes de prazos e custos ainda serão divulgados.

Fica sempre a pergunta, para que servem as leis 10907 e 10908 que obrigam a construção de ciclovias em pontes e viadutos da cidade se essa lei é de papel?

A Política Nacional de Mobilidade Urbana é clara, a prioridade é o transporte público sobre o individual e os não motorizados sobre os motorizados. Portanto essa ponte da forma como está, nega a Lei L12587, que reza o acesso universal ao espaço público e o interesse público acima do interesse privado.

Portanto a ponte Itapaiúnas da forma como está no projeto, é disperdício de divisas, ocupação equivocada de espaço urbano, impactos de todas as ordens, sobretudo visual e ambiental; não se atenta as leis vigentes no país e mais uma vez inverte as prioridades: veículo particular sobre o transporte público e a total exclusão da mobilidade ativa.