Ciclovia do Rio Pinheiros terá trecho interditado por três semanas
A ciclovia do rio Pinheiros, zona sul de São Paulo, vai ter um trecho de 1,7km interditado por conta de obras do Complexo Viário Itapaiúna, que inclui duas novas pontes e o alargamento da Marginal.
A ciclovia do rio Pinheiros, zona sul de São Paulo, vai ter um trecho de 1,7km interditado por conta de obras do Complexo Viário Itapaiúna e Laguna, que inclui duas novas pontes e o alargamento da Marginal Pinheiros na região do Parque Burle Marx.
A data exata do início do bloqueio ainda vai ser definida pela CPTM, que administra a via, em reunião com a Odebrecht, responsável pela intervenção. A ideia da construtora é interditar o trecho por três semanas para a circulação de bicicletas a partir da próxima segunda-feira (17).
Murilo Azevedo
Durante o período de obras, vans estarão disponíveis para o transporte de ciclistas desde a estação Santo Amaro até a ponte João Dias, em esquema similar ao que já foi usado na mesma ciclovia durante obras da Linha 17-Ouro do Metrô.
Apesar das três semanas sem uso por parte dos ciclistas, a promessa é que o piso da ciclovia seja recapeado e a sinalização refeita numa extensão total de 6km após os 18 meses de obras na região. Este trecho, que vai do Aterro Sanitário de Santo Amaro até a altura da ponte João Dias será utilizado durante o período noturno por caminhões pesados, que podem danificar o asfalto da estrutura cicloviária.
Um esquema de manutenção paliativa também será implantado no período para não prejudicar o deslocamento de ciclistas, segundo a prefeitura.
Complexo Viário
Anunciado como obra de compensação por empreendimentos imobiliários na região, o Complexo Viário Itapaiúna prevê a construção de duas pontes sobre o rio Pinheiros. Uma delas, a ponte Laguna, terá ciclovia e acessibilidade para pedestres desde o bairro de Santo Amaro até o Parque Burle Marx. (veja detalhes abaixo)
Já próximo à ponte João Dias, será erguida a ponte Itapaiúna, ligando a rua de mesmo nome à pista expressa da marginal Pinheiros. Esta estrutura, no entanto, não prevê o deslocamento de ciclistas nem de pedestres. Em reunião com cicloativistas nesta segunda-feira (10), os responsáveis pelas obras prometeram rever projeto.
Além das duas pontes, as intervenções na região incluem o prolongamento da avenida Chucri Zaidan e a criação de mais três faixas de rolamento na marginal Pinheiros ao longo do parque Burle Marx.
O Complexo Viário Itapaiúna faz parte da Operação Urbana Água Espraiada, que já havia colocado em pé a Ponte Estaiada, outra estrutura sem acessibilidade a pedestres e ciclistas.