Na Estaiada, faixa pede segurança em pontes de São Paulo
A ação foi feita pela Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) como parte das atividades do Dia Mundial Sem Carro, que é comemorado nesta segunda-feira (22).
No início da manhã desta segunda-feira (22), a Ciclocidade (Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo) realizou um protesto pedindo mais segurança para pedestres e ciclistas em pontes e viadutos da capital paulista.
Como parte das atividades do Dia Mundial Sem Carro, ativistas instalaram uma faixa na ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira, na zona sul da cidade.
“Essa ponte é o grande mau exemplo do problema, já que ela custou caro, mas desconsidera pedestres e ciclistas, tanto que há até placa proibindo. Ela não é inclusiva de maneira alguma e ainda foi feita para ser um cartão postal da cidade, um símbolo rodoviarista. É uma tristeza, mas queremos que isso seja rompido”, diz Daniel Guth, diretor de participação da Ciclocidade.
A adaptação destas estruturas viárias para quem caminha ou pedala tem sido uma das principais bandeiras da Ciclocidade, que acaba de lançar a campanha “Adote uma Ponte”. A ideia é reunir contribuições de quem sofre diariamente nas travessias de diversas pontes de São Paulo para cobrar uma resposta mais efetiva do poder público. Além da Estaiada, a ponte da Freguesia do Ó, na zona norte, também ganhou uma faixa de protesto nesta manhã.
“Queremos chamar atenção porque São Paulo tem hoje mais de 40 pontes e todas foram exclusivamente pensadas para o carro. Elas simplesmente marginalizam pedestres e ciclistas, colocando-os em risco em situações de alta velocidade e desrespeito à vida”, explica Guth.
A ponte Estaiada foi construída com custo de cerca de R$233 milhões aos cofres públicos. Para se ter uma ideia, o plano de 400km de novas ciclovias que vem sendo implantado em São Paulo está orçado em R$80 milhões.