Feras do Tour do Rio defendem a mobilidade em bicicleta
O Tour do Rio é uma das principais competições de ciclismo do Brasil, mas apesar do foco no alto rendimento esportivo, os atletas também se preocupam com a questão da mobilidade urbana.
O Tour do Rio é uma das principais competições de ciclismo do Brasil, mas apesar do foco no alto rendimento esportivo, a organização e os atletas também se preocupam com a questão da mobilidade urbana nas cidades por onde passam.
E os principais concorrentes ao título enxergam a bicicleta como um poderoso instrumento para melhorar a qualidade de vida em grandes cidades.
“A questão é simples. Conheço muitas grandes cidades no mundo e é mais rápido chegar de bike do que de carro em boa parte dos lugares. Sem falar que é uma grande economia de dinheiro e não causa danos ao meio ambiente. Precisamos convencer cada vez mais pessoas de que vale a pena”, diz Óscar Sevilla, campeão do Tour no ano passado.
Grande rival de Sevilla na luta pela camisa amarela, o também espanhol Gustavo Veloso segue a mesma linha. “Está claro que o futuro indica para os meios de transporte alternativos e não poluentes. Entre eles, a bicicleta é o mais rápido, o mais barato”, defende.
“Eu mesmo tenho minha mountainbike e instalei uma cadeirinha para carregar minha filha. O trânsito no Brasil precisa disso, que tenha mais bicicletas, mais metrô e menos carros nas ruas”, endossa Gregolry Panizo, um dos representantes do Brasil nas Olimpíadas de Londres, em 2012.
No sentido horário: Óscar Sevilla(EPM-UNE), Gustavo Veloso(Quinta da Lixa), Gregolry Panizo(Dataro) e Magno Nazaret(Funvic)
Além de uma alternativa ao trânsito sobrecarregado das metrópoles, a promoção das magrelas nas ruas também pode trazer benefícios diretos para quem pedala profissionalmente. Na rotina de treinamentos estradas afora, o respeito de motoristas contribui para a segurança de quem pedala.
“Cada vez mais as pessoas estão deixando o carro em casa e saindo de bicicleta. E conforme vem aumentando o número de ciclistas nas estradas e nas ruas, a gente sente que o respeito por parte dos motoristas cresce também”, diz Magno Nazaret, da Funvic/São José dos Campos.
“A prática do ciclismo de forma lúdica ou como transporte acaba aumentando o interesse pelo esporte. Mais pessoas andando de bike trazem mais exposição, mais investimento e mais estrutura para nós também”, completa Gustavo Veloso.