A vida não é um Jogo. Mais uma Ghost Bike em SP
No ultimo domingo(15), um motorista dirigindo uma van atropelou o ciclista Gilberto Bueno, que estava na calçada que divide o cruzamento da avenida Juscelino Kubitschek com rua Geraldo Ataliba.
No ultimo domingo(15), um motorista dirigindo uma van atropelou o ciclista Gilberto Bueno, que estava na calçada que divide o cruzamento da avenida Juscelino Kubitschek com rua Geraldo Ataliba, zona sul de São Paulo.
Nas mídias sociais e telejornais, a descrição é de que o condutor perdeu o controle e atropelou o ciclista, que não resistiu. Estas descrições afirmam que foi um acidente, mas não foi. Acidente relaciona-se com a ideia de um imprevisto, refere-se aos eventos de natureza geral que caracterizam pela impossibilidade de controle.
Entenda como aconteceu o atropelamento no vídeo que fiz para o Blog Silvia e Nina:
Oras, vamos raciocinar, vamos analisar juntos o local:
Todos os dias, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) distribui cones sinalizadores ao longo na pista da direita no período noturno como uma maneira paliativa de estimular a redução de velocidade nesta de onde veio a van que atropelou Gilberto.
Com reta e curva tão perigosas, de fato, como descrever apenas que a Van “perdeu o controle”? Em nenhum momento falou-se sobre a possibilidade de investigação para alta velocidade e/ou baixa manutenção dos pneus, e o homicídio culposo já foi citado, aquele em que não há intenção de matar.
No local, havia algumas testemunhas. O motoqueiro não prestou depoimento e declarou documentos para futuras investigações; a família não parece querer câmeras ou qualquer continuidade, estão abalados; o motorista da van, com carteira de habilitação em dia, pode estar agora, parado no semáforo ao seu lado.
A alta velocidade e a imprudência dos motoristas causa diversos acidentes diariamente em São Paulo e todo país. Ontem, quando um grupo de cicloativistas estava indo até o local prestar homenagem um motorista imprudente subiu em uma calçada e derrubou um poste. Acidente? Não!
Motoristas conduzem seus carros falando ao celular diariamente e uma morte se chama acidente?
Por fim, a noite desta segunda-feira (16), foi de homenagens, oração e instalação de uma Ghost Bike no local.
A alta velocidade e a falta de respeito não podem ser coadjuvantes nas ruas. O respeito, a convivência e compartilhamento das vias em harmonia, sim. Educação é a palavra chave, ensine seu filho, seja o exemplo nas ruas, faça parte da mudança!
#nãofoiacidente, pense nisso!