Assédio: Abordagens invasivas e desrespeitosas são motivos para não andar a pé ou de bike?
Você já imaginou ter que escolher seu meio de transporte levando em conta em que grau as pessoas vão mexer com você na rua?
Você já imaginou ter que escolher seu meio de transporte levando em conta em que grau as pessoas vão mexer com você na rua?
REYNALDO BERTO
Assédio, por Reynaldo Berto
A exposição provocada pela falta de barreiras físicas coloca qualquer pessoa em cima de uma bicicleta numa situação de vulnerabilidade muito peculiar. No caso das mulheres, tal exposição traz um agravante que, de tão comum, passa despercebido: a sensação que outros têm de liberdade para invadir os nossos corpos com palavras, olhares, gestos de conotação sexual.
A partir desta semana vamos puxar aqui no Bike é Legal a discussão sobre um assunto polêmico, delicado, mas absolutamente importante: O assédio sexual como uma das causas mais perversas de influencia nas escolhas (ou cerceamento delas) de uma mulher.
Será que abordagens invasivas e desrespeitosas podem ser motivo para não andar a pé ou de bicicleta? Será que é possível distinguir assédio de uma simples paquera? Quais são os limites?
Para apimentar esse papo convidaremos pessoas interessantes, com vivência de rua, para falar abertamente sobre o assunto. No primeiro debate dessa série eu (Aline Cavalcante), Drielle Alarcon e Verônica Mambrini vamos trazer um pouco da nossa experiência como mulheres, cidadãs e integrantes das Pedalinas, um coletivo feminino de ciclistas de SP.
Vamos falar sobre o assunto sem medo?
Participem!!!