O sonho de se tornar inspiração internacional
Esse final de semana estou na minha terra querida. Aracaju, capital de Sergipe, que é conhecida por ser uma das cidades com a melhor qualidade de vida do país pela tranquilidade e beleza.
Esse final de semana estou na minha terra querida. Aracaju, capital de Sergipe, que é conhecida por ser uma das cidades com a melhor qualidade de vida do país pela tranquilidade e beleza. Apesar do calor, há ciclistas por todos os lados, de trabalhadores a atletas. São pouco mais de meio milhão de habitantes e cerca de 70 quilômetros de ciclovias.
Pelas vias segregadas é possível cruzar praticamente toda a cidade pedalando, especialmente a zona sul onde estão as belíssimas praias. Mas ter vias segregadas não significa, necessariamente, uma cidade “amiga da bicicleta” e, apesar de já ter declarado todo o meu amor a Aracaju, continuo com as mesmas críticas de que falta um Plano Cicloviário de verdade, decente, que contemple bike boxes nos semáforos, ciclofaixas compartilhadas, bicicletários e mais sinalização nos cruzamentos – alertando motorista e ciclista.
Além disso, mesmo com as ciclovias que existem hoje, é preciso fazer a sua manutenção periódica, melhorar a iluminação e sinalização de rotas ao usuário (especialmente se este for turista).
A impressão que tenho, como ex-moradora que visita constantemente a cidade, é de que existe vontade política de melhorar cada vez mais a condição de quem pedala. Até há uma boa aproximação com a prefeitura e cicloativistas em luta.
Mas, por outro lado, falta um entendimento real sobre as necessidade de quem usa esse meio de transporte. A Associação Ciclo Urbano tem feito um trabalho muito bacana nesse sentido e vem ganhando força gradativamente, inclusive, dentro das decisões políticas da cidade.
Assista ao vídeo feito pela Renata Falzoni durante nossa passagem pela capital sergipana em setembro do ano passado. Avaliamos algumas das ciclovias e o estado em que se encontram atualmente.
Estimular o uso da bicicleta como transporte, lazer ou esporte e garantir a segurança do ciclista nas ruas exige mais do que ciclovias. É preciso estudo, projeto, debate, informação, aprofundamento, tentativa e erro.
Aracaju tem a faca e o queijo na mão: políticos interessados, aproximação com a sociedade, pessoas empenhadas e uma cidade com muito potencial.
Então o que falta para transformar esse sonho em uma realidade que seja exemplo e inspiração (inter)nacional?