Zonas 30 serão implantadas nas ruas de Vitória/ES a partir de março
Com o objetivo de garantir mais segurança nas ruas e estimular o uso da bicicleta, a prefeitura de Vitória, no Espírito Santo, começará a implementar "Zonas 30" a partir de março desse ano.
Com o objetivo de garantir mais segurança nas ruas e estimular o uso da bicicleta, a prefeitura de Vitória, no Espírito Santo, começará a implementar “Zonas 30” a partir de março desse ano, como parte do projeto “Bairro com trânsito seguro”. A ideia da iniciativa é desacelerar o motorista, instituir a velocidade máxima de 30km/h em diversas partes da capital e, consequentemente, reduzir o número de “acidentes” provocados pela falta de atenção e respeito no trânsito.
RENATA FALZONI
Zonas 30 a partir de março em Vitória, ES.
Luciano Rezende, prefeito da cidade capixaba, decidiu encabeçar o projeto após voltar de uma viagem a Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde se deparou com o conceito de traffic calming e áreas de trânsito compartilhado. “Vamos preparar a cidade para a cultura de espaço de tráfego compartilhado. Não pode mais ser do automóvel, tem que ser dividido entre pedestres, ciclistas e motoristas para ter um ambiente seguro e de conforto”, explicou o prefeito para o jornal A Gazeta.
Ainda não foram divulgados os primeiros bairros a receber as Zonas 30, mas Rezende garantiu que essa escolha será parte de uma construção coletiva, consultando moradores dos 78 bairros de Vitória antes de sua implantação.
Segundo Rafael Darrouy, autor do blog O Ciclista Capixaba, os primeiros meses de gestão municipal foram bastante negativos para quem pedala, mas graças à pressão constante feita pela sociedade civil isso está mudando de figura. “No começo desse mandato era muito papo e pouca ação, a gente bateu, bateu, bateu e, como aqui é pequeno, nossas porradas ecoaram por toda a cidade. Aí nos últimos três meses vem acontecendo coisas muito boas e a nossa relação voltou a melhorar”, afirmou o cicloativista.
Rafael se refere aos “bike box” instalados recentemente nos cruzamentos, à sinalização indicando a presença de ciclistas em muitas avenidas da cidade, aos paraciclos públicos com formato de carro e às multas para motoristas que estacionam na ciclofaixa. “Mesmo assim, ainda temos conflitos importantes a resolver, como a destruição absurda de uma praça centenária para construir uma avenida, a questão das pontes e, claro, precisam se retratar daquela campanha oficial que manda o ciclista pedalar junto ao meio-fio”, concluiu.