Saiba mais sobre o MTB FOUR CROSS
Também chamado de mountain-cross, essa modalidade conta com pistas bem largas para serem percorridas com bikes de 3 a 4 polegadas de curso ou até mesmo rígidas.
Também chamado de mountain-cross, essa modalidade conta com pistas bem largas para serem percorridas com bikes de 3 a 4 polegadas de curso ou até mesmo rígidas. Os quadros também são desenhados para segurar o forte impacto dos pulos e transições.
O guia de corrente é um item característico e indispensável, para que nenhuma pedalada seja perdida e o impacto não derrube a corrente.
Os pilotos de BMX costumam ter maior habilidade para o 4X, pois já possuem experiência para largar do gate (com tempo de disparo automático), além das técnicas de ultrapassagem, de bumpear e puxar a bike para serem utilizadas em ambas as modalidades.
Por suas regras bem semelhantes, a pista de 4x pode ser interpretada como um BMX gigante, exigindo mais habilidade e força dos pilotos, diferente do Downhill, onde largamos um de cada vez em pistas bem estreitas e de percurso bem mais longo.
AS PISTAS
Uma pista de Four Cross necessita de um amplo terreno íngreme para que a raia seja construída no maior tamanho possível, possibilitando curvas bem altas e inclinadas, com transição e drops quando o ângulo permitir.
Grandes mesas são ótimas pois dão velocidade e fluidez ao pilotos, mas buracos (“gaps”) devem sempre ser evitados para facilitar a ultrapassagem e evitar acidentes caso um piloto se enrosque com outro.
No desenho abaixo, temos um esboço de uma pista de nível internacional que mostra bem isso. Muitos obstáculos, grandes e difíceis, que não oferecem risco de acidentes.
Ter mais de uma opção de linha na pista é normal. Umas com pedras, outras com raízes, e outras lisas mais demoradas. No entanto, como no caso de São Roque (veja meu post anterior ), em alguns lugares apenas uma linha era “pilotável”. Uma vez que você ficasse para trás, por mais que estivesse andando mais rápido que o piloto a sua frente, pronto para ultrapassá-lo a qualquer momento, teria de brecar e fazer a linha dele, pois não teria chance de desenvolver velocidade para passar os obstáculos por outros cantos.
Praticamente TODOS os pilotos do Rei da Montanha fizeram a mesma escolha de linha, pois a pista tinha a raia um pouco menor que a metade de uma pista de 4X de nível mundial, e nesta pequena área nao havia muito o que inovar.
Muito importante citar os vãos (“gaps”) que haviam na pista. Sem velocidade, não teria como passar, obrigando os pilotos a brecar e perder uns 5 segundos do seu tempo.
Um Gap gigante na linha principal ficou intacto. Nem os pilotos mais experientes ousaram pular. Seria uma manobra arriscada. E no final das contas, era mais devagar que os colegas que optavam por um outro step up esquisito que lembrava um pulo de dirt pela linha alternativa que acabou virando a principal.
Antes do evento, procurei o construtor da pista já me preocupando com o fato de que os famosos gaps deveriam ser evitados e que algum piloto haveria de avaliá-la. Acredito que minha abordagem não deve ter sido bem interpretada, já que obtive a resposta de que “a pista estava sendo pensada tambem para as meninas”… não era isso que eu queria dizer, mas ok. Está ai o resultado.
A EXIBIÇÃO
Uma pena que um evento tão grandioso tenha sido exibido apenas na final, de uma maneira tão rápida.
Será que a programação de domingo de manhã é tão mais emocionante do que isto?
Deixo a resposta da pergunta a cargo da narração emocionante de Rob Warner, no vídeo abaixo.
Você assistiu a final masculina do campeonato mundial de 2011 em Champeri. Além do brilho da competição ter sido a noite, a filmagem aérea que desce a pista na mesma velocidade dos pilotos completa o espetáculo.