Entrevista com Kat Sweet – parte 01
Kat Sweet, uma atleta californiana, que quando era criança já se arriscava com a bike: "Me lembro de andar muito na Mount Tam Fire Roads..."
1. “FOR ME RIDING IS ALL ABOUT BUILDING AND GIVING BACK TO YOUR COMMUNITY.”
Kat Sweet conseguiu completar o ciclo da bike. Saiba porque e como, nas linhas abaixo.

Kat Sweet com as crianças, dando e recebendo muitas coisas boas / © Bia Ferragi
2. O ENCANTO
Kat Sweet é uma atleta californiana que veio de Marin County, norte de São Francisco nos Estados Unidos. Quando era criança já se arriscava com a bike: “Me lembro de andar muito na Mount Tam Fire Roads. Eu praticava drift com as duas rodas, caia o tempo todo no chão, mas isso não me arrancava nada mais do que risadas. Entrei na faculdade em San Diego, e já naquela época entrei para o grupo de MTB organizado por eles, chamado “Mud, Sweat and Gears.”
O foco na bike fez com que Kat surfasse em sete faculdades até sossegar em Seattle e finalizar seus estudos em Washington. Ela é uma mulher de prática, mas a teoria com certeza ajudou em seu dia a dia: “Eu sempre dei um jeito de fazer as minhas aulas se relacionarem com a bike e as minhas ambições do Sweetlines de alguma maneira”, diz a ciclista.
O ski teve uma grande importância em sua vida, ela chegou a competir de Lake Tahoe a Chamonix. Os X-Games e os Gravity estão no seu currículo na modalidade skiercross racing. O MTB era um treino de resistência até 1996, quando ela descobriu o Downhill, competiu na categoria PRO por alguns anos, lá e cá entre o ski e a bike. Depois de terminada a faculdade, veio a Seattle onde encontrou o seu equilíbrio.
“Não tem como me deixar longe de uma bike, mesmo em Seattle, quando busquei um reencontro com outras ambições, descobri a minha paixão pelos pulos num estilo mais dirt e freeride. Hoje o meu prazer é ficar treinando manobras em pulos alinhados, tipo one-footers, mini whips, ET airs (pedalando no ar), e inventando também as minhas próprias manobras que eu adoro colocar nomes como o “Kat Scratch” que é um one-hander com um GRAWWW”
(EU AMEI ISSO !!!!)
Kat and Tammy from Walter Yi on Vimeo.
“Hoje estou aprendendo muito com um instrutor da IMBA (International Mountain Bike Association), e disso tiro o objetivo de viajar o mundo ensinando e organizando eventos de MTB para mulheres”.
3. A PROFISSÃO, O CAMINHO E O CICLO
Foram 17 anos de trabalho em restaurantes para bancar o lifestyle na bike e no ski, mas isso não era o que completava Kat de fato, era apenas um facilitador. Logo após a mudança para Seattle uma conversa definiu seu destino:
Amigo: – Kat, se você pudesse fazer qualquer coisa na sua vida, o que seria?
Kat: – Eu montaria clínicas de bike para crianças.

A bike me desafia, me faz ultrapassar obstáculos, me frustrando e me fazendo sorrir como uma pequena criança / © Karen Johanson
Em menos de um ano estava tudo colocado em prática, o programa “Trip for Kids” consistia em retirar as crianças e suas bikes da brincadeira na cidade para o campo. Logo depois, Kat foi contratada pelo Cascade Bicycle Club onde ela foi coach de crianças por 8 anos. Em paralelo, a partir de 2007, Kat começou a ensinar bike para mulheres.
Um outro projeto, o Sweetlines, hoje toma 100% do seu tempo, e fecha um ciclo de mulher, atleta, mãe e professora.
4. O SWEET LINES
Quando Kat começou a organizar programas de bike para mulheres em 2007, notou que havia uma necessidade muito grande de abraçar este mercado, e que as pessoas estavam clamando por isso. Maior ainda que uma necessidade, era um desejo dela: “Eu queria de fato transformar isso em um trabalho full-time.”
Depois de estudar sobre como abrir uma empresa na University of Washington, o conceito, a marca e a metodologia foram criadas. O responsável pelo logo e nome foi Dan Saimo. “Os princípios do Sweetlines são: Construir a confiança e promover o aprendizado através de programas educacionais que encorajam mulheres e jovens. Não é uma questão de andar bem de bike, é sobre dar e receber, construir o pico pra andar e ensinar aos outros a se divertir tão bem quanto nós”, conta Kat.
Hoje ela administra sozinha o Sweetlines, e as responsabilidades vão de secretária até presidente, passando por marketing e relacionamentos.
(CONTINUA…)