Teste em laboratório e comportamento humano
Ao longo dos anos as placas, semáforos e pinturas buscaram educar os motoristas a estabelecer um determinado comportamento nas ruas, avenidas e estradas.
Ativistas em defesa dos animais chamaram a atenção do Brasil inteiro (e do mundo) com a invasão de um laboratório de pesquisa e a libertação de diversos cães da raça beagle. Os méritos da invasão e do combate aos maus-tratos contra animais em testes laboratoriais certamente vão além do escopo desse site.
Melhor portanto trazer a discussão para um outro padrão de comportamento, a conduta humana no ambiente supostamente controlado das ruas. Afinal, ao longo dos anos as placas, semáforos e pinturas buscaram educar os motoristas a estabelecer um determinado comportamento nas ruas, avenidas e estradas.
Um fator no entanto não foi considerado, a capacidade humana de se ater a regras ou comandos de estâncias superiores apesar dos danos que esse comportamento pode causar a outras pessoas.
No dia a dia das cidades o respeito cego as regras de trânsito leva a uma escolha de critérios de decisão que apenas garantem que o que está ruim e não funciona hoje continue assim.
É necessário ir além das estatísticas de dezenas de milhares de mortos no trânsito brasileiro, a maioria absoluta de inocentes pedestres. Pensar em como placas demais e regras acabam por perpetuar a crueldade e insensibilidade humana acima de todas as coisas.
A experiência da obediência de Stanley Milgram nos mostrou, no ano de 1961, que o comando e a responsabilização de uma autoridade superior é capaz gerar um comportamento cruel.
Repensar as ruas das cidades requer portanto questionar primeiramente a crença de que placas e pinturas no asfalto tem qualquer capacidade de salvar vidas. É preciso trazer o conceito de empatia para as ruas, a noção de que acima das regras escritas no papel e muitas vezes desconhecia, há o conceito fundamental de respeito pela vida do outro e sua integridade física.
Por fim, para juntar proteção animal e urbanidade, a piada do Salve um Panda: