Super dicas para visitar o Whistler Mountain Bike Park
O Whistler Mountain Bike Park, pelo olhar da atleta brasileira Bia Ferragi. A experiência tão sonhada por tantos, explicada de um jeito simples e prático, para todos aqueles que pretendem visitá-lo.
O Whistler Mountain Bike Park, pelo olhar da atleta brasileira Bia Ferragi. A experiência tao sonhada por tantos, explicada de uma maneira simples e prática, para todos aqueles que pretendem visitá-lo.
AHHH WHISTLER…
O sonho de todo mountainbiker com certeza é ter a oportunidade de viajar para outros países com sua bicicleta. Conhecer novas culturas junto de novas montanhas parecem ser as férias perfeitas, mas, para tanto, é necessário planejamento e cuidado.
Whistler = resort robusto, completo e chiquérrimo, até mesmo para os canadenses.
Viajar para lá de bike sem alguém que conheça, é uma aventura. Eu tive a grande sorte de sempre ter ao meu lado o grande companheiro, professor, e mecânico, Yuri.
Não desanime! Este post foi feito justamente para te ajudar a encarar o bicho e perceber que vai dar certo !!!
OLÁ CALENDÁRIO!
O Bike Park abre no mês de abril. No entanto o Garbanzo, teleférico que leva para as pistas de mais alta dificuldade, fica aberto somente durante o grande verão compreendido entre final de junho até meio de setembro. Nesta mesma época, o teleférico fica aberto ate às 20h (Garbanzo fecha às 6h45).
Dependendo do tamanho do seu bolso e da cotação do dólar, custos com passagem aérea e estadia saem mais em conta fora do “grande verão”. Porém, deve falar mais alto o seu desejo (ou não) de acompanhar o grande evento Crankworx que acontece geralmente na segunda semana de agosto.

ANTES DE TUDO: PREPARAÇÃO NO BRASIL
Existem alguns cuidados básicos a serem contratados. Eles evitam dor de cabeça, e quando negociados com antecedência, fazem a viagem ficar mais leve no seu bolso, afinal, muita coisa já foi quitada antes do grande dia:
1. Visto: Se você não fala inglês, procure um despachante de confiança. Se você gosta de se virar sozinho, use o serviço do governo canadense, o VAC. Aqui o link para mais informações. No total, o visto varia de 350 a 500 reais. Seu passaporte precisa estar em dia (isso também tem um custo, por volta de 150 reais), e se você optar pelo visto americano, coloque mais 300 reais na conta. Dica: tire todas as fotos necessárias no mesmo dia, sai mais barato (tipo uns 30 reais).
2. Seguro: Não confie nos seguros de cartão de crédito. Você está viajando para fazer esportes radicais, e eles não possuem cobertura para este tipo de prática. Não vale a pena arriscar. A brincadeira no hospital sai cara, suturar um ponto por exemplo pode custar 1500 dólares (médico, material, enfermagem, etc.).
Um seguro para evitar dores de cabeça varia numa proporção de 800 reais a cada mês de estadia (proporcional, o cálculo é feito pelas corretoras de forma diária).
Tenho como referência a ISIS e a Porto Seguro mas não consigo recomendá-los, pois o contato para liberação de atendimento é sempre bem complicado.
3. Estadia: Se você não abre mão de conforto, pode ficar num hotel como o Aava, Hilton ou Pinnacle. Eu particularmente prefiro ter uma cozinha para fazer meu próprio café da manhã, então acho mais interessante alugar um apartamento para a estadia. O valor varia muito pelo tamanho e localização (quanto mais perto dos lifts, mais caro). Ficar por Creeckside ou Blackcomb totalizam em 20 minutos de bike de distância. É uma alternativa se você quiser economizar. Gastos com estadia variam de 60 a 150 dólares por dia por pessoa. Não considerei as hipótese de hotéis, que devem ser bem mais caros. Alguns sites que podem te ajudar: http://www.alluradirect.com e http://www.whistlersuperior.com
4. Bilhete de acesso ao parque: Em meados de março, ocorre o “Earlybird”. É a oportunidade de comprar o acesso ao parque com desconto. Para quem fica 1 semana, vale a pena comprar o triple-play card que sai por volta de 180 dólares. Para quem fica mais do que isso, infelizmente não existe uma opção intermediária. Invista no Season Pass, mais ou menos 600 dólares com direito a uma ida ao Top of The World. Imprima o seu recibo e leve ao “Guest Relations” no dia que chegar em Whistler, para trocar pelo seu cartão de acesso. Este é o link do site do Whistler Bikepark para mais informações e efetivação da compra.
5. Compra de dólares: Não há uma receita mágica. Minha dica é levar 50% do seu dinheiro em dólares papel, 30% em um cartão “travel check” e o resto deixar para gastos no cartão de crédito. Para fazer um cartão de viagem de débito, existem mil operadoras. A Confidence vale como referência pois você consegue acessar o valor do seu saldo via internet e telefone com facilidade.
6. Produtos de uso pessoal: Aconselho levar shampoo, desodorante, remédios, e tudo mais que você conseguir comprar aqui no Brasil. É mais barato.
7. Mala-bike: Você pode optar por modelos que variam de 500 a 700 dólares. Outra opção é levar a bike em uma caixa. Antecipe-se para não morrer na praia sem a caixa, e ter de embarcar com tudo apertado. ATENÇÃO: independente de como a levar, para cada itinerário de vôo (ida e volta) você pagará uma taxa de 100 ou 200 dólares por ter a bike na bagagem, dependendo da companhia aérea.
8. Manutenção de seus equipamentos: Invista aqui no Brasil. Faça uma revisão em tudo antes de viajar. Não vá chegar lá e chorar porque sua bike está se despedaçando.
VANCOUVER HERE I AM!
Depois de um trajeto de mais ou menos 19 horas saindo de São Paulo, a verdade é que não importa o quanto você está animado, o jetleg te pega de jeito! Não economize no conforto nesta hora, isso pode te custar alguns dias, por exaustão física e mental.
A. Direto para Whistler:
De bumba: A maneira mais confortável e econômica é via ônibus. Sai por volta de 80 dólares, você vai olhando toda a sea to sky e chega lá no final do dia, ainda há luz para você achar a sua casa. O ônibus te deixa no taxi loop. Fica no coração da vila, não tem muito erro. A Greyhound faz o percurso.
Chiquetérrimo no carrão: A Avis é a melhor “car rental” pois você entrega o carro diretamente na vila. Recomendo ligar lá e conversar com o Hamish, ele vai te ajudar a achar um carro no qual caibam as suas bagagens.
B. Parando em Vancouver:
O ideal é você alugar um carro, quem sabe dar um pulo em Seattle (não se esqueça, para cruzar a fronteira você precisa estar em dia com o visto americano). Vancouver é muito bonita, e tem bikeshops como a John Henry e a Cove, ambas do lado norte da cidade. Sinceramente, acho que para comprar coisas de bike, Whistler tem uma variedade maior, e foi-se o tempo onde era econômico comprar em Vancouver. Economia mesmo você faz encomendando as coisas na Fanatik Bike em Bellingham nos EUA (lá, fale com Jadyn). Lembrando, tem que alugar carro e ficar com o visto em dia.

Chegando em Whistler, não importa de que maneira, tenha em mãos endereço e mapa, principalmente quem é novato. Você estará com mala-bike e muitas outras bagagens, não vai querer passar dificuldade neste momento. A senha da porta, leve com você bem anotada, já pensou chegar sem a senha. E ja cheguei só com a senha do lixo. Não foi legal.
COMER BEM TAMBÉM É VIDA
Na hora da fome a lei da sobrevivência pega, prepare seu bolso e o seu paladar!
Mexican corner – Um restaurante com terraço, comida muito boa e atendentes que arrasam no portuñol. Margaritas e o prato “La Gringa” são as minhas recomendações. Falae com o Sérgio. Fica na Market Plaza.
Cows – O melhor sorvete do Canadá e ponto. Considerado o “Canada’s Best” pela Readers Digest e “World’s Best” pela Taulk World Travel. Dentro da vila, sentido “lifts”, à esquerda logo após de passar a Village Gate Blvd.
GLC – É o point da galera da bike. Um bom lugar para tomar uma cerveja e comer uma batatinha frita que é a especialidade da casa. Lá ocorrem as premiações das corridas de quarta-feira (Phat Wednesdays) organizadas pelo Worca.
Zogs – Fica do outro lado da praça dos lifts. Um quiosque bem discreto, vende hamburgueres deliciosos por um preço muito justo. Ótima opção pra economizar comendo bem.
Dups Burritos – Mais um mexicano. Os burritos são enormes e alimentam pra caramba. Preço justo. Fica no mesmo bloco do Market Place, 3 lojas depois do 7/11. Do outro lado da rua do Alpenglow.
Veja também o Guia de Restaurantes de Whistler.
AHAHA E VOCÊ ACHOU QUE IA AGUENTAR ANDAR TODOS OS DIAS DE BIKE
O passeio mais simples e relaxante é ir até o Lost Lake tomar um sol, mergulhar e andar de bote de plástico! Neste vídeo do nosso amigo Felipe Feldman, ele mostra essa outra cara de whistler.
Avião Green Lake – Você pode ir em 20 minutos de bike até o Green Lake. O passeio de avião é um “luxo”, pois custa 200 dólares a cabeça (o mais barato). Mas é aquele tipo de coisa que você só faz uma vez na vida, como pular de bungee jump. Recomendável.
Museu da Cultura Indígiena – Vale super a pena, o valor é representativo e você aprende muito sobre a cultura local, os verdadeiros habitantes da região, e aprende a falar SQUA-HÁÁÁÁÁ-MISH da maneira correta.
Whistler Brewery – Aquele dia que você vai provar a melhor cerveja artesanal feita em Whistler! Reserve com antecedência. Melhor pedida: Bear Paw
Peek to Peek – É o maior vão livre do mundo. Não dá tanto medo, é uma linda vista, e você vai até blackcomb e pode andar de snow numa pistinha curta que eles fazem a manutenção por lá.
Function Junction – Tem algumas lojinhas interessantes, vale a pena para passear e conhecer o escritório da CHROMAG. Pegue o ônibus “TO CREEKSIDE” na Village Gate Blvd e pergunte onde descer. Também pode ir por dentro do vale, pelas “VALLEY TRAILS”. (Imagem do Google Maps)

Valley Trails – Nem tudo é DH! As trilhas públicas de cross contry são uma maravilha, confira o mapa.
Brittania Mine Museum – Esse dá medo! Uma mina de ferro do século XVIII de arrepiar. Você entra no túnel e vive de perto o trabalho precário da época. Como muita gente morreu na extração, o clima é pesado. Se você é engenheiro, vai achar o maior barato, sei lá. Eu fui. Por que não ir? Mas dá medo.
VAMOS FALAR DE BIKE? EEHHH!

O mapa para você ir namorado: http://bike.whistlerblackcomb.com/information/map/index.aspx
Olha, eu até ia falar de algumas pistas, mas na boa, são muitas e todas são MUITO TOP eu ia ficar até amanhã fazendo isso!! Não deixe de curtir: A-line, No Joke, Blue Velvet, Dufman, Dropin’ clinic, Original Sin, Dirt Merchant… ok, desisto.

BIKES, WHISTLER E ROCK’N’ROLL
Bom, eu nunca fui baladeira, então essa eu vou ficar devendo. Mas posso adiantar que Whistler tem sim muita vida noturna (acabando 1h da manhã) e a balada mais animada é o Buffalo Bills.
A pergunta que não quer calar: mas afinal, QUANTO CUSTA?
Uma viagem de 10 dias a Whistler vai de, no mínimo 7 mil dólares na modalidade “econômica” a 10 mil, com um pouco mais de conforto e espaço para comprinhas. Considero nisso TODOS os gastos, pré e pós viagem.
Sinto muito em saber e te contar que os valores são altos, principalmente com o dólar em cotação por volta de 2,30. De novo: se isso é um grande sonho seu, tenha calma e faça um planejamento, nada que em alguns anos, aliados a um pouco de sorte você não consiga juntar e pagar.
Se estiver muito fora do que você imaginava, minha dica é que busque alternativas. Na boa, a américa latina é maravilhosa e tem rolês incríveis como a Bolívia, Chile, Peru, Equador. Quanto mais dias, mais $$.
1+2+3+4+5… = XUPETA WORX
Se você não fala inglês ou não quer ir sozinho, a melhor sugestão é ir com o grupo do Raul. Você não vai ter que se preocupar com quase nenhum dos itens acima: tudo vai ser desenrolado para você. Até a caixa da bike.
Para mais informações, converse diretamente com ele no celular (11) 9.9285-4810. E eu,estou super aberta a ajudar, fica aqui abaixo o canal de comunicação para você tirar suas dúvidas. Comente que eu respondo!