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Quando a bike passa a ser mais que transporte

O fato é que passei a me importar cada vez menos com o tempo ou agilidade da bicicleta e queria explorar a cidade. Ou seja, deixei de passar por lugares para conviver neles e com isso ver a necessidad

  • JP Amaral
  • 29 de agosto de 2013
  • Tempo aproximado de leitura: 4 minutos
Itaú - Um banco feito para você‎
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Sou conhecido entre os amigos “da bike” como JP. Há cinco anos decidi trocar o carro pela bicicleta. Desde então, tudo mudou em minha vida: a saúde, o humor, a inspiração e, principalmente, a cidade. É incrível como a gente muda e a cidade muda com a gente. Queria contar para vocês um pouquinho da minha história de como a bicicleta deixou de ser apenas um meio de transporte e se tornou um instrumento de conexão com as pessoas e a cidade.

JP Amaral

Primeiras pedaladas de JP – Cicloviagem no Vale Europeu

O pontapé inicial para minha aproximação com a bicicleta começou com uma palavrinha: o absurdo. O absurdo de percorrer um trajeto de 5km em mais de 30 minutos com um transporte motorizado, de perceber que com muita facilidade se perde o controle rumo a um ataque de estresse no trânsito, de que sua saúde está cada vez mais comprometida, de que você de repente, se vê refém e tem que se render para esses e outros vários absurdos que refletem uma falta de planejamento urbano e uma priorização dos carros na cidade.

Quando comecei meu primeiro trabalho, junto com a faculdade, já não conseguia imaginar o carro como um meio de locomoção. Implicaria em percorrer mais de 90 km por dia, ter gastos abusivos e passar a maior parte do meu dia sentado em um carro. Inaceitável! Optei por fazer todos os trajetos de transporte público. Em um trajeto ao trabalho de 5 km, o ônibus percorria 3 km em corredor, o que não levava mais de 5 minutos, mas logo entrava em um bairro transformado em centro empresarial – mas com estrutura de zona residencial – e levava mais 20, às vezes até 30 minutos para os 2 km restantes. Ficava angustiado com aquilo e me peguei várias vezes descendo pontos antes para ir a pé e não chegar atrasado.

Em uma dessas curtas e demoradas idas e vindas ao trabalho, peguei a bicicleta para experimentar em quanto tempo faria – só por curiosidade e ousadia. O resultado foi imediato. Me perdi um pouco, dei uma leve transpirada, mas fiz o mesmo trajeto de 5 km em 25 minutos de bicicleta! A sensação de eficiência e autonomia me conquistou. Achei que era aquilo que precisava e nada mais. Ir e vir ao trabalho e com isso me satisfaria. Mas foi além…

JP Amaral

Pedalando nas ruas de São Paulo e protestando na Ponte Estaiada.

Fui criando uma identidade tão forte com a minha bicicleta, como se ela fosse uma continuação do meu corpo e me proporcionasse experiências nunca vividas antes. E não foi essa eficiência que mudou a minha vida. Quanto mais ganhava resistência para pedalar, menos queria me apressar. Curioso não? O fato é que passei a me importar cada vez menos com o tempo ou agilidade da bicicleta e queria explorar a cidade. Comecei a fuçar pelas ruelas, observando árvores que nunca tinha reparado, conhecendo em detalhes o comércio local, os esconderijos da arte urbana, o lixo entupido no bueiro, a má qualidade do asfalto e das calçadas, e com isso, me conectando mais com a cidade de São Paulo. Logo percebi que a bicicleta não era um meio de transporte apenas para chegar a um ponto final, mas que envolve todo o meio por onde passamos e convivemos. Ou seja, deixei de passar por lugares para conviver neles e com isso ver a necessidade de mudanças.

Mais do que me dar conta que a bicicleta me conectava com a cidade, ela também me conectava com as pessoas. Via outros ciclistas me cumprimentando, fiz novas amizades por causa da bicicleta, o porteiro do meu prédio e o segurança do meu trabalho passaram a saber meu nome – em suma, rompi uma série de barreiras sociais.

JP Amaral

JP e sua esposa Evelyn Araripe em Berlim na Alemanha.

Conheci movimentos de pessoas que estavam percebendo o mesmo que eu – como a Bicicletada. Neles conheci pessoas incríveis e, inclusive, minha esposa! Com essas pessoas aprendi que, mais do que reivindicarmos mais respeito para a bicicleta na rua, estamos buscando uma cidade melhor. E então uma pergunta me veio: como pode um meio de transporte tão individual como a bicicleta gerar uma inspiração tão coletiva para querermos reconstruir a cidade?

Foi essa pergunta que me inspirou, junto com amigos, a criar o Bike Anjo. O Bike Anjo é uma rede de ciclistas experientes e apaixonados pelo seu meio de transporte em busca de ajudar as pessoas que querem começar a pedalar com mais segurança e confiança.

O Bike Anjo me proporcionou levar aos outros a minha história e experiência com a bicicleta. Mais do que ensinar pessoas a pedalar, vejo que uma pessoa em cima de uma bicicleta significa mais uma pessoa enxergando a cidade (e o mundo), se conectando com o meio em que vive e, com isso, estabelecendo uma sensação de coletividade, da busca pelo melhor para todos em detrimento do melhor apenas para um.

Nada mais nada menos que resgatarmos nosso papel de cidadãos, só que em cima de uma bicicleta, de onde é possível ver uma cidade descoberta de preconceitos e diferenças. Acredite, a bicicleta tem esse poder e um dia chegaremos lá!

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JP Amaral
JP Amaral

Gestor ambiental, ciclista, cicloativista, um dos criadores e atual mobilizador do Bike Anjo, associação de ciclistas voluntários que ajudam os iniciantes a pedalar

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